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Delírio Coletivo News & GOlds ::: Coleção de BunDada ::: Delariantismo, Loucurismo, Groucho-Marxismo, Hiper-Surrealismo, Infanto-Dadaísmo, Psicodelia Demente, Nonsense Naïf, ConsPiração, Etc

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20100306

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Dentro do Tudismo LinKAOnico Cúbico
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No princípio havia o NADA e o NADA era tudo que havia. Então, de um modo misterioso e secreto, houve o princípio de uma VONTADE e uma CONSCIÊNCIA surgiu dentre o MAR DE NADA.
Esta consciência após surgir foi se DENSIFICANDO e acabou por EXISTIR "NONADA". E ESTAVA SÓ. E TINHA PODERES ALI. Um deles era fazer o que quisesse com a força de seu pensamento. Podia também se mover em qualquer velocidade dentro "DONADA".

É bom observar que com o seu surgimento em forma densa, o nada ganhou uma divisão de planos: Havia agora um chão que o ser, densificado, pisava.

Após um certo MOMENTO, A FORÇA desta CONSCIÊNCIA parou para OBSERVAR algo que SURGIU também "NONADA": UM CUBO, pairando no ar, acima do nível do chão. O SER ficou ENCANTADO com o CUBO. E DECIDIU ENTRAR NELE. Ao simplesmente QUERER entrar no cubo, já se viu dentro, pois o seu pensamento era pura ação.

Ao Entrar no cubo, o ser notou que estava num ponto mediano do mesmo, suspenso apenas por uma placa de metal, do tamanho de um piso, que calçava seus pés, suspensos em altura mediana, dentro do cubo. O ser olhou para trás e viu que havia uma porta fechada em suas costas. Após observar a porta e a placa que dava para ele chão dentro do cubo, olhou para frente e viu uma outra porta, exatamente na extremidade oposta de onde estava. Ao ver essa porta, instintivamente o ser pensou: "É lá que devo chegar".

O Cubo estava totalmente vazio, com excessão apenas destes elementos citados anteriormente. O ambiente se parecia com ar-condicionado, bem limpo e sereno. O ser notou que dentro do cubo, havia perdido todos os seus poderes que tinha quando habitava o nada.

Uma PONTE começou a se formar de placas de metal, placa por placa, abrindo o caminho de uma PORTA À OUTRA, que por lógica, se aberta, faria com que o ser voltasse ao nada e recuperasse seus poderes. Ao ver a ponte totalmente formada dentro do cubo, em altura mediana, o ser começou a andar rumo à outra porta.

No meio do caminho, o cubo EXPLODIU EM CHAMAS. Houve uma explosão repentina e tudo dentro do cubo começou a pegar FOGO. O ser se assustou com a explosão e ao olhar para trás, percebeu que a ponte se dissolvia no fogo, placa por placa, sendo destruída pouco a pouco. O ser se espantou. Começou a correr rumo à porta.

Quando estava chegando na porta, a ponte se dissolveu completamente e ele caiu no abismo de chamas que havia se formado dentro do cubo.

Uma CRUZ DE BRONZE foi erguida com o ser CRUCIFICADO. Então tudo ficava NEGRO, como quando alguém fecha os olhos e o mundo some. Logo após o período no escuro total e completo, TUDO COMEÇAVA NOVAMENTE DO MESMO JEITO ANTERIOR. Essa história se repete SETE VEZES.

Continua aqui

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wodouvhaox

Post Tue Oct 15, 2013 3:17 pm by wodouvhaox

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Delírio Coletivo

por Fada Verde


E fez-se a luz!

Ou não.

Período Nonsense

Ao longo da história, a maioria dos movimentos literários e artísticos contradiziam o movimento anterior. O Renascimento foi contra tudo o que a Era Medieval disse, o Realismo negava os fundamentos do Romantismo e assim por diante.

Já o movimento Nonsense resolveu que não gostaria de contradizer o movimento anterior, no caso, o Modernismo e a Pop Art, o Nonsense quis negar absolutamente tudo ou não negar absolutamente nada.

Sob a máxima “Pra que fazer sentido!?”, esse movimento cria uma contradição de tudo e dele mesmo, com raízes em todos os estilos literários e tendo por característica a abolição da linguagem figurada, nada mais era figurativo, tudo era real, e o que era real não existia, ou existia, ou o que quer que o leitor prefira.

O que aconteceu foi que no fim do século XX e começo do século XXI, com o fim da Guerra Fria, a ascensão dos EUA como maior força política e econômica do mundo, detendo um poder quase imperialista e com a estagnação de todo e qualquer movimento revolucionário, o mundo conheceu um período de conformismo em que qualquer coisa era uma revolução. Andar fantasiado, por exemplo, ou simplesmente usar um nariz de palhaço pela rua, já causava um grande choque por quebrar a monotonia cotidiana. O movimento DC, autor da obra Sofia, foi um dos primeiro a notar isso e adotar a idéia do Nonsense.

Da idéia para a prática foi um pulo. Embora no começo, apenas algumas pessoas tivessem adotado essa “revolução”, assim como em qualquer outra já ocorrida, o clima e as idéias sem sentido foram tomando proporções mundiais e o mundo conheceu uma época maravilhosa, onde a espontaneidade e a imaginação tomaram conta de todos e tudo passou a ser fantástico e irreal. Chegou até a haver um certa desaceleração nas pesquisas cientificas, afinal não importava mais provar que pode-se dividir uma célula infinitamente.

Antes desse movimento, as pessoas buscavam uma explicação científica para tudo, mas depois ninguém mais queria a explicação lógica e inteligente. Todos perceberam que a fantasia era bem melhor, que cada um poderia formular sua própria teoria para qualquer coisa, todas as lendas sobre os “porquês” voltaram à tona e todos os povos buscavam as raízes de suas culturas para saber algo, quando não encontravam, criavam uma nova cultura.

Em meados da década de 10 do século XXI, o mundo já não fazia sentido algum. Viam-se pessoas fantasiadas, nas ruas, nos supermercados e até nos escritórios você encontrava pessoas vestidas de Pantera Cor-de-Rosa ou Smurffle.

As casas tinham pinturas psicodélicas e, às vezes, achavam-se florzinhas desenhadas no meio da rua.

Com a população nesse incrível estado de espírito, era natural que as artes também seguissem esse caminho.

Leis Absolutas do Delírio Coletivo

1ª Lei Absoluta

PATAFÍSICA- Tudo é decidido pela imaginação e não pela razão.

2ª Lei Não Absoluta

Não encher as caras aos domingos.

Quem quer fazer sentido?

A realidade é relativa;

A Fantasia é bem melhor;

Arte, Poesia e Loucura.

3ª Lei Absoluta

Usar LSD.

4ª Lei Absoluta

Enlouquecer a Política.

5ª Lei Absoluta

Nenhum tipo de censura.

Mandar as preposições e a gramática pro inferno!

6ª Lei Absoluta

O que fazer em casos de incêndio?

Deixe queimar!

7ª Lei Absoluta

Jogar uma garrafa de conhaque no Delírio Coletivo

8ª Lei Absoluta

DELIRAR.

9ª Lei Absoluta

Assassinar a monotonia causada pela razão.

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wodouvhaox

Post Tue Oct 15, 2013 3:19 pm by wodouvhaox

Loucura Lúcida

por Fada Verde


Não conseguir fugir da realidade significa um excesso de lucidez ou extrema loucura? A resposta confirmaria minha tese poética-lunática, de que não só o excesso de lucidez leva a loucura como o excesso de loucura leva a lucidez.

Se minha realidade é na verdade uma ilusão, quando tento fugir dela, tento alcançar a realidade? Ou migro de ilusões em ilusões? Se as realidades são múltiplas a tentativa de alcançar a realidade única em que todos se enquadram seria uma farsa. Talvez todos vivam em suas respectivas ilusões, que criamos e recriamos. Se pertence a cada sujeito que a resolva viver, a realidade sim que é uma ilusão, a ilusão da ilusão. A ilusão é uma realidade. A realidade está fora ou dentro? do exterior ou do interior? O que faz pensar quantas realidades seriam possíveis. Infinitas. Nos casos que unem mais indivíduos, podemos denominar precisamente como o fenômeno do delírio coletivo.

Se produzimos a realidade ilusória, o que é loucura? Como são diversas as loucuras, digo, ilusões, realidades. A metafísica disso tudo é expressa pela loucura de Deus, o tal dançarino do qual falava Nietzsche, que nos criou a sua imagem e semelhança, como deuses de nossas próprias loucuras. Fato é que nelas podemos fazer o que quisermos dentro dos limites da loucura de Deus.

Dizem por ai, que o sóbrio é aquele que sabe distinguir a realidade da fantasia, mas o que dizer se somos máquinas de produzir fantasias? Certamente jamais será possível olhar um homem despido de seu imaginário. Ilusões sobrepostas numa translucidez aguda. Perceber que está iludido não significa que nos livramos da ilusão se ela é real. As ilusões/realidades se desdobram uma fora da outra. Se trancafiamos alguns de nós dentro das salas estofadas, é porque os condenamos pelo abuso da criatividade.

O excesso de lucidez, faz perceber a ilusão real, que se exacerbada leva a loucura originária. A loucura alucinatória se levada a extremos nos leva a realidade ilusória, que é a realidade possível.

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wodouvhaox

Post Tue Oct 15, 2013 3:21 pm by wodouvhaox

Ismos (Timóteo Pinto Remix)


Historia, materialismo, monismo, positivismo, politeísmo, discordianismo, caoísmo, anarquismo e todos os “ismos” deste mundo são ferramentas velhas e enferrujadas que já não preciso e com as quais já não me preocupo mais. Meu prinicpio é a vida, meu fim é a morte. Gostaria de viver a minha vida intensamente para poder abraçar a minha morte tragicamente. Você está esperando pela revolução? A minha começou a muito tempo atrás. Quando você estará preparado? [Que espera sem fim!!!!!].Não me importo que me acompanhe, mas quando você parar eu prosseguirei em meu caminho insano e triunfal em direção a grande e sublime conquista do NADA! Qualquer sociedade que você construir terá seus limites. E para além dos limites de qualquer sociedade, os desregrados e heróicos vagabundos, crianças selvagens, vagarão com seus pensamentos insanos e virgens, aqueles que não podem viver sem constantemente planejar novas e estranhas confusões, atos da Operação:Mindfuck. Talvez um Armagedom por semana. Quero estar entre eles! E atrás de mim, como na minha frente estarão aqueles dizendo a seus companheiros voltarem a si mesmos em vez de aos seus deuses ou idolos. Descubra o que existe em vocês, traga-o a Lux!,mostre-se! Porque toda pessoa que procura por sua interioridade, descobre que estava miseravelmente escondido dentro de si, uma sombra eclipsando qualquer forma de sociedade que possa existir sob o Sol. Todas as sociedades tremem quando a desdenhosa aristrocacia dos vagabundos, dos inacessiveis, das crianças selvagens, dos que governam sobre um ideal e dos conquistadores do NADA, avança ressolutamente. Iconoclastas, Avante!!! O Céu em presentimento já torna-se escuro e silencioso!

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wodouvhaox

Post Tue Oct 15, 2013 3:21 pm by wodouvhaox


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Manifesto Clarifesto – Menos é Mais

por Reverenda subMarina

Eu não sei nada sobre as pessoas e isso é muito! E poucas pessoas sabem muito sobre outras pessoas, já que a maioria das pessoas pensa saber muito sobre as pessoas. Talvez saibam sobre uns e outros…Conhece a ti mesmo? Impossível se cada um é um universo, imagina conhecer outras pessoas, saber sobre outras pessoas? Poucas pessoas se conhecem, e eu me conheço muito pouco e isso é muito! Assim, dessa maneira, menos é mais e mais é menos! E eu não sei nada, ninguém sabe nada, o que é muito!Muitas pessoas pensam saber alguma coisa e saber alguma coisa é pouco comparado a não saber nada!”Tudo que sei é que nada sei” , só que eu nem sei o que é tudo, então eu nem sei o que é nada! Menos é mais!!! Então nada é tudo e tudo é nada…

Manifesto Clarifesto=Tudo é Nada?

fnord Tudo é Nada? Não saberemos nunca. Mas, e se eu souber? Como é que faço pra saber se sei? Então o “talvez” seja o “nunca” fnord disfarçado de probabilidade! E as probabilidades de eu saber nada sobre mim nunca serão reais, bem como verdadeiras, bem como saber tudo! Então “não sei” é o “sei” disfarçado de resposta! Ou de pergunta?

Salve Èris

Clarifesto Manifesto=Preço da Vaca

Então, de novo, o negócio é o seguinte: O preço da vaca é cento e vinte!(R$120,00)…Existem gnomos que costuram sua meia rasgada por bem menos e você não precisa ter uma vaca que custe R$120,00. Também existem fadas do dente que levam os dentes caídos por R$120,00, só que como poucas pessoas possuem dentes de ouro , e ou, com amálgamas de prata , então, dificilmente elas aparecem para comprar o seu dente…E por aí vai! O negócio é o seguinte: tenha uma vaca de cento e vinte que seus dentes ficarão na sua boca e suas meias sem rasgos…

Clarifesto Manifesto=23 anos

Eu queria ter 23 anos pra sempre! 2003 foi o ano da Multicabala Lispectoriana, porque esse número é o cabalístico erisiano…E eu que finjo…Enfim, como será que Èris se comunica com glândulas pineais em período de TPM? Na verdade o período de tensão pré-menstrual em garotas regidas por Éris se converte em Tentativa Pineal Magnânima (TPM)!!! Nesse período, garotas FNORDS têm sua comunicação expandida com a deusa e causam o caos em seus lares e adjacências…Quanto mais forte a TPM, mais regida por Èris é…Uma expansão do espectro super estendida chegando ao espectro gama ou nanomicrondas. E Èris nos fala através do sangue perdido:

“Eu sou uma cadeira e uma maçã e eu não me somo”

11:59(1½ horas atrás) Clarifesto Manifesto= 5 propostas

1. Se é cada um com seus problemas, então façamos um mercado de pulgas de problemas…A cada problema comprado garantimos uma plástica para aumentar a parte de trás da sua orelha

2. Vamos distribuir nossos problemas de graça e as pessoas que aceitarem os problemas, terão direito á 120 vacas ordenhadas por fadas ou gnomos…O leite será dourado , pois vacas ordenhadas por gnomos têm o leite coado e pasteurizado em meias de fio de ouro, que provêm dos dentes comprados pelas vacas…

3. De agora em diante tenho apenas 23 anos

4. “Quem escreve ou pinta ou ensina ou dança ou faz cálculos em termos de matemática, faz milagre todos os dias. É uma grande aventura e exige muita coragem e devoção e muita humildade” -Clarice Lispector

5. Menos é mais

Clarifesto Manifesto=Clarice Lispector

Clarice Lispector é nossa patrona gran sacerdotisa mor…não há o que dizer a não ser, MENOS É MAIS!

“Mas já que somos pouco e portanto só precisamos de pouco, por que então não nos basta o pouco? É que adivinhamos o prazer. Como cegos que tateiam, nós pressentimos o intenso prazer de viver.”

“Dar a mão a alguém sempre foi o que esperei da alegria. Muitas vezes antes de adormecer- nessa pequena luta por não perder a paciência e entrar no mundo maior- muitas vezes, antes de ter a coragem de ir para a grandeza do sono, finjo que alguém está me dando a mão e então eu vou, vou para a enorme ausência de forma que é o sono. E quando mesmo assim não tenho coragem, então eu sonho.”

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wodouvhaox

Post Tue Oct 15, 2013 3:22 pm by wodouvhaox

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Do Humor


“O grau de liberdade que há em qualquer sociedade é diretamente proporcional ao riso que nela existe”

(Zero Mostel, in Humor Judaico)

O palhaço foi considerado por C. G. Jung como um representante do trickster, uma figura arquetípica do herói trapaceiro, ambíguo e contraditório, que zomba e transgride normas. O palhaço teria ligações estreitas com o trickster e seria, acima de tudo, uma exteriorização de algo íntimo, universal, primitivo e puro do indivíduo, que se encontra no riso e no exagero. Figura que pode ser amada, admirada ou temida por todos, que assume a dor, a ternura e o ridículo, integrando estes opostos.

Fazendo uma breve retrospectiva histórica do “palhaço”, encontramos já na Idade Média as figuras do bobo da corte ou bufão sábio. A trupe dos saltimbancos surgiu nas festividades da Idade Média e Renascimento. Nesta época, a concepção do cômico opunha-se à cultura oficial, ao tom sério, feudal e religioso da época. Encontramos esta figura cômica também como o “coringa” dos baralhos e como o “louco”, na carta 22 do Tarô. Somente se tornou realmente a figura do “palhaço” na Renascença italiana com a Commedia dell’ arte ( com a dupla “Branco e Augusto”). Passou a frequentar os palcos das festas populares, representando uma “concepção carnavalesca do mundo, uma segunda vida do povo”, assim como o lado jocoso, grotesco e alegre, recusando o poder instituído e afirmando a vida (Bakhtin, apud Sampaio, 1992, p.40). Surge, assim, uma visão do homem e das relações humanas alternante, necessária e revigoradora. Mas, este poder regenerador positivo do palhaço vai decrescendo após o século 17, mantendo-se atenuado em algumas formas do cômico sobreviventes, ligadas ao folclore, ao circo e à feira.

O trickster é considerado por Jung uma imagem arquetípica do inconsciente coletivo, que se insurge para brincar com a lei. É uma imagem eterna, arquetípica. Um herói mítico que é solitário, mas que se efetiva na relação com o outro, embora se volte sempre para si. O trickster é a imagem arquetípica do brincalhão com impulsos infantis, de natureza ambígua (animal e humana, sublime e grotesca). É o infantil no adulto, o infrator de normas.

(…)

Investigando o espírito cômico, observamos que ele é dialético, costuma dizer “não” a um “sim” aceito, ou dizer “sim” a um “não“ aceito e conservado culturalmente. Tem a capacidade de criar a súbita inversão, na qual a familiaridade do mundo comum é posta em questão, para que possamos ver a surpresa e experimentar o espanto que o familiar tende a esconder. A piada, por exemplo, depende muito de uma espontânea e súbita inversão do comum, da conserva cultural, da ordem das coisas geralmente aceitas. Por isto, há um certo atrativo inevitável na brincadeira.

Segundo Richard Underwood (apud Campbel, 2001, p. 166), “é cômico ver a súbita inversão da certeza ou familiaridade em incerteza ou surpresa”. Ou até pode ser trágico, indicando uma íntima ligação dialética entre tragédia e comédia. Como diz um velho cancioneiro popular, “o que dá pra rir dá pra chorar, questão só de peso e medida”.

J. L. Moreno (1889-1974), criador do Psicodrama, tinha plena consciência da força da brincadeira, da alegria e do jogo no trabalho terapêutico. Afirmou que devolveu a alegria à Psiquiatria e buscou no jogo, dramático ou não, o clima lúdico e o riso como condições para promover um estado espontâneo-criador, que ele considerava condição fundamental à saúde mental. Diremos que Moreno desenvolveu um método que visava também despertar o espírito cômico, com seu caráter transformador e transgressor, para que o sujeito com ele pudesse rir do seu drama, ver além da sua tragédia, além do seu modus operandi submerso e submetido às conservas culturais, a atitudes e padrões estereotipados.

Moreno deu, assim, credibilidade e valor à brincadeira como via de acesso ao poder criativo, e em especial no seu poder de colocar em questão o familiar, o conservado, desmontando “certezas”, princípios ou objetivos fixos, cristalizados e não questionados. Vai buscar na atitude lúdica a sua força criativa, para desmontar, desorganizar ou destruir certezas absolutas, pesquisando suas origens, numa perspectiva também genealógica.

(…)

Destacamos também a perspectiva dionisíaca presente do Psicodrama e na figura do palhaço. Dioniso, deus mitológico grego, é um deus do povo, da natureza, do vinho, da liberação pelo êxtase, das emoções, da promoção da vida, da não repressão, da expressão corporal, da dança, do teatro, do sexo e da alegria. Em seu lado sombrio, é o deus da tragédia e da loucura. Mas, é este deus que promove uma via de acesso ao mundo interior, a união das dualidades, do princípio masculino com o feminino, da luz e da sombra, do divino e humano, do alegre e triste, do bom e mau.

Na mitologia e na tragédia grega, é Dioniso quem aponta para a condição humana, que nos vem ensinar o mesmo que os poetas sempre transmitiram, que a vida é um jogo de pares de opostos, são parte de uma unidade permanente. Segundo Albor Reñones (2002, p. 148), “por trás de cada herói e cada sofrimento, ali estaria o deus Dioniso, apontando seu bastão para a nossa cara e dizendo: dance”. Para combater os excessos e a falácia da seriedade, aponta para a dança, para a permissão da alegria e da embriaguês, pois o mundo dá voltas e nada permanece, devendo a cada um de nós entendê-lo como passagem. Este autor (Ibidem, p. 156) nos aponta: “ante a insolubilidade da dor, temos a possibilidade de uma ação solidária, quando não amorosa”. Diríamos que nos resta a poesia, que está presente na alegria.

Segundo López-Pedraza (2002, p.44-45), “Dioniso permite uma perspectiva arquetípica para se relacionar e para diferenciar emoções, como uma via de acesso ao mundo interior”. Segundo Alvarenga (2000, p.143) Dioniso “prega a interação eu-outro de forma simétrica, restituindo a dinâmica do coração”. Dioniso é entendido com representante do arquétipo canalizador da agressividade, da força ou da corporalidade, transformando-a em manifestações criativas. Ao contrário de Apolo (deus do sol, da consciência, da ordem e do pensamento, defensor do patriarcado), Dioniso defende o feminino, é o deus lunar, do inconsciente, da intuição e do sentimento. Representa a dinâmica da alteridade, das relações simétricas, pós-patriarcal (Sousa, apud Alvarenga, 2007).

(…)

Diante do paradoxo e da indivisibilidade da vida, com seus pares de opostos, outros autores assinalam a ambivalência do riso, que este pode ter como fonte uma dor, uma defesa, um temor, mas ao mesmo tempo uma sabedoria. H. Adorno já afirmou que o riso sereno ou terrível marca sempre o momento em que desaparece um temor. Afirmou Platão, em A República, que ”um acesso excessivo de riso quase sempre produz uma reação violenta” (ibidem, p.4). De fato, ainda é difícil definir o senso de humor, embora Shopenhauer já tenha afirmado que a única qualidade divina de um homem era o seu senso de humor. Por outro lado, sabemos que o ser humano é um ser lúdico, ele é apenas completamente humano quando está brincando, um importante anseio humano é o de jogar.

Mas, o que significa o humor? Indicando algo que flui, líquido, a palavra “humor” simboliza também o movimento de forças inconscientes que gradualmente se desenvolvem, porém o “senso de humor” em si pode se originar no senso de proporção das partes com o todo, tanto no mundo externo como interno. Para haver senso de humor maduro deverá haver, além do riso, consciência e afetividade. Charles Williams, no seu livro All Hallow’s eve (apud Luke, 1992, p.16) considerava que “aqueles que apreciam e compreendem, penetram no riso, no coração das coisas. A humildade está intimamente relacionada com senso de humor”. Há muitos tipos de riso, ele pode ocultar uma rejeição destrutiva ou o desprezo, e quando nos rendemos a isto perdemos o senso de humor, que sempre fortalece a compaixão, onde todas as nossas dores e alegrias se tornam inteiras. Ressentimentos, humilhações, culpas, etc. podem ser aceitos com dor e conhecidos também como ocasiões para o riso que cura.

Ainda segundo Williams, no meio da dor emocional é importante manter o senso de humor sobre a própria importância e a dos outros, com a intenção de alegria. Quando nos sentimos absolutamente comuns, adquirimos a simplicidade e o senso de humor; assim, poderemos começar a brincar na liberdade e na simplicidade da criança, poderemos alcançar a filosofia do momento, também defendida por J. L. Moreno, e vivermos no aqui e agora, com o espírito presente em cada momento, sabendo o que realmente se é.

Quando Jesus Cristo diz que “aquele que não receber o reino de Deus como uma criança pequena, nele não entrará” (São Marcos, 10:15), estava se referindo a esta sabedoria divina do riso. Jung considerava que, além da ética essencial, além da beleza da ciência, filosofia, psicologia e teologia, além de todos os esforços da humanidade para compreender o bem e o mal, ainda restava uma porta final para encontrar a liberdade: o caminho para a brincadeira espontânea, não imatura, mas inocente, do espírito feminino. Segundo Luke (1992, p. 17), sem isto não haverá “qualquer criação que conheça a eternidade, depois da longa jornada de retorno, na dimensão do tempo. Ela está e sempre esteve brincando no mundo, na alegria da Criança escondida em cada um de nós”. É quando se encontra a liberdade de todas as convenções e não se importa mais em mostrar as deficiências, como um palhaço. O Tolo ou a Criança dentro de nós nunca é ingênua, pois é a própria sabedoria brincando no mundo.

J. L. Moreno, por sua vez, acreditava nesta criança eterna e livre que deveria ser despertada, com sua centelha divina da espontaneidade, desenvolvendo seu método para trabalhar o acesso a este senso de humor, a este riso, a esta alegria, esta criança livre do aprisionamento das conservas culturais. Ao trabalhar numa realidade suplementar, Moreno valorizava o poder do mágico, do ilusionista, da liberdade transformista de multiplicar formas e possibilidades, produtora de mundos impensados. Neste ponto, afirmamos que Moreno e Jung se encontram num mesmo diapasão: ambos percebem no riso a afirmação de um princípio criador.

Quando um sujeito está em crise, quando o poder ordenador e racional do ego se descontrola, a tensão é demasiada e o ser se sente fragilizado – é preciso que se imponha outra força, em alternância. E o que surge como força capaz de propor outros sentidos à trágica situação, é o expediente da comédia e da magia que existem dentro de cada um.

O palhaço em particular, traz a visão carnavalesca, dionisíaca, ousada e grotesca do mundo, anteriormente citada. E o seu valor de renascimento, regenerador e de renovação positiva, “pois ao inferiorizar, rebaixar, aproxima da terra, favorece a comunhão com a parte inferior do corpo, conduz à comunhão com uma força regeneradora e criadora” (Bakhtin, apud Sampaio, 1992). Segundo Bakhtin, o riso renascentista está ligado ao novo, ao futuro, ao nascimento, a abrir caminhos. A figura do palhaço nos leva a enxergar o mundo de modo diferente, mais móvel, intenso e imaginativo.

Fonte: Psicodrama do Palhaço –o riso como via de acesso ao criativo transformador.

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wodouvhaox

Post Wed Oct 16, 2013 9:17 am by wodouvhaox


Groucho-Marxismo

“O groucho-marxismo, teoria da revolução pela comédia, é muito mais do que um esquema para a luta de classes: como uma luz vermelha na janela, ilumina o destino inevitável da humanidade, a sociedade déclassé. O groucho-marxismo é a teoria do deleite permanente”, explica logo nas primeiras linhas Bob Black, ativista, cientista social norte-americano e autor do mais novo título da Coleção Baderna: Groucho-Marxismo.

O cientista social de extrema esquerda questiona o comportamento dos militantes de esquerdas, “pseudo intelectuais” que, segundo ele, estão preocupados em se mostrar responsáveis para serem aceitos nos “grandes salões” da sociedade. Para Bob Black, os pervertidos sexuais não são mais os membros da TFP, mas sim a esquerda, a única que defende sinceramente a tradição, a família e a propriedade.

Autor de textos polêmicos publicados em veículos como o Wall Street Journal e a revista Village Voice, o escritor faz uma verdadeira ode ao que ele entitulou de teoria groucho-marxista. Não se trata de anarquismo ou de uma teoria comunista ou socialista. Aliás, o estudioso faz duras críticas a todos esses movimentos. “Os
anarquistas não se entendem sobre trabalho, industrialismo, sindicalismo, urbanismo, ciência, liberdade sexual, religião e um sem-número de coisas mais importantes, especialmente quando tomadas em conjunto. Há mais pontos discordantes do que qualquer coisa que os una”, afirma Black em um dos capítulos do livro entitulado “Meu problema com o anarquismo”, dedicado ao pensamento anarquista.

Já sobre o marxismo, no capítulo destinado a tratar as “Palavras de Poder”, Bob Black é taxativo: trata-se do “estágio mais elevado do capitalismo”. Outras palavras de poder que merecem destaque:

Arte? Um substituto cada vez mais inadequado para o sexo.
Civilização? A doença de pele da biosfera.
Política? Como um brejo – tudo o que é sujo acaba subindo.
Serviço militar? Conheça o abatedouro.
Punks? Hippies com amnésia.
Punques? Punks que cursam escolas de arte.
O rock? Tem um grande futuro por trás.
Vegetarianos? Você é o que come.
Vida após morte? Por que esperar?

Com muito humor, a linha filosófica groucho-marxista prega que “se a revolução não servir para dançar e rir, não será nossa revolução”. Em “A abolição do trabalho” o autor discorda e lança argumentos contundentes contra uma das grandes bandeiras socialistas: a questão do pleno emprego. Ele avalia todos os lados da moeda, inclusive o “não-trabalho”: “O lazer é o não-trabalho em nome do trabalho. O lazer é o tempo gasto se recuperando do trabalho e na frenética, porém vã, tentativa de esquecer o trabalho”. Bob Black vai mais além: “A principal diferença entre o trabalho e o lazer é que trabalhando pelo menos você é pago por sua alienação e exasperação”.

“[Bob Black] supera qualquer ensaísta político vivo... o trocadilho mais rápido do Oeste”, define Hakim Bey, outro autor da Conrad – escreveu Caos - Terrorismo Poético e outros Crimes Exemplares e TAZ Zona Autônoma Temporária, também da Coleção Baderna

O autor

Bob Black tem uma formação acadêmica respeitável (graduações em ciências sociais e direito, dois títulos de mestrado), mas rejeitou desde o início os dois caminhos principais apresentados à intelectualidade “séria”: a segmentação cientificista liberal ou o cinismo da esquerda frígida. Em vez disso, tornou-se famoso pelos cartazes anarquistas/situacionistas/absurdistas que criou à frente da “Última Internacional”, entre 1977 e 1983

Além da ação panfletária, escreveu também centenas de ensaios, distribuídos indistintamente entre periódicos anarquistas, jornais da área de direito e órgãos da grande imprensa, como Wall Street Journal, Village Voice, Semiotext(e) e Re/Search. Publicou Friendly Fire, em 1992, Beneath the Underground, em 1994, e Anarchy after Leftism, em 1996. O texto The Abolition of Work and Other Essays que faz parte do livro Groucho-Marxismo - é o capítulo “A abolição do trabalho” - foi publicado originalmente em 1985. Também foi um dos pioneiros na divulgação do situacionismo nas Américas. Sua capacidade singular para criar jogos de palavras, aliada ao humor ácido e ao conhecimento teórico, faz dele um dos grandes nomes do anarquismo heterodoxo.

Fonte: http://www.portal364.com/m5.asp?cod_noticia=9155&cod_pagina=1013


TESES SOBRE O GROUCHO-MARXISMO
Bob Black

1

Groucho-marxismo, a teoria da revolução cômica, é muito mais que um projeto para a luta de classes: como uma luz vermelha numa janela, ele ilumina o destino inevitável da humanidade, a sociedade desclassificada (1). G-Marxismo é a teoria da folia permanente. (Aí, garoto! Até que enfim, eis um ótimo dogma).

2

O exemplo dos próprios Irmãos Marx mostra a unidade da teoria e prática marxista (por exemplo, quando Groucho insulta alguém enquanto Harpo depena sua carteira ). Além disso, o marxismo é dialético (Chico não é o clássico comediante dialético?). Comediantes que fracassam em sintetizar teoria e prática (para não
mencionar aqueles que fracassam totalmente em pecar) são não-marxistas. Comediantes posteriores, fracassando em entender que a separação é “o discreto charme da burguesia”, decaíram para meras gafes, por um lado, e mera tagarelice, por outro.

3

Como o G-Marxismo é prático, seus feitos não podem nunca ser reduzidos ao mero humor, entretenimento ou “arte”. (Os estetas, afinal de contas, estão menos interessados na interpretação da arte do que na arte que interpreta.) Depois que um genuíno marxista assiste a um filme dos Irmãos Marx, ele diz para si mesmo:
“Se você achou isso engraçado, preste atenção à sua vida!”.

4

G-marxistas contemporâneos devem decididamente denunciar o “Marxismo” vulgar, de imitação, dos Três Patetas, Monty Python, e Pernalonga. Em vez do marxismo vulgar, devemos retornar à autêntica vulgaridade marxista. Retoficação (2) serve igualmente para aqueles camaradas desiludidos que pensam que “a linha
correta” é o que o tira faz quando manda eles pararem no acostamento.

5

Marxistas com consciência de classe (isto é, marxistas conscientes de que não possuem nenhuma classe) devem rejeitar a “comédia” anêmica, da moda, narcisista, de revisionistas cômicos como Woody Allen e Jules Feiffer. A revolução cômica já ultrapassou a mera neurose – ela é risonha mas não risível, discriminante mas
não discriminatória, militante mas não militar, e aventurosa mas não aventureira. Os marxistas percebem que hoje você deve olhar no espelho de uma casa assombrada de parque de diversões para se ver da forma que você realmente é.

6

Embora não totalmente desprovido de vislumbres de insight marxista, o (sur)realismo socialista deve ser distinguido do G-Marxismo. É verdade que Salvador Dali deu uma vez a Harpo uma harpa feita com arame farpado; no entanto, não há nenhuma evidência de que Harpo alguma vez a tenha tocado.

7

Acima de tudo, é essencial renunciar e execrar todo sectarismo cômico como o dos trotskos eqüinos. Como é bem sabido, Groucho repetidamente propunha o sexo mas se opunha às seitas. Para Groucho, havia uma diferença entre ser um trotsko e estar louco para “trotar” (3). Além disso, o slogan trotsko “Salários para o
Trabalho Eqüino” cheira a reforma, não a folia. Os esforços trotskos para reivindicar Um dia nas Corridas e Os Gênios da Pelota como de sua tendência devem ser indignadamente rejeitados; na verdade, A Mocidade é Assim Mesmo está mais na velocidade deles (4).

8

O assunto mais urgente que os G-Marxistas confrontam hoje é a questão do partido (5), que - ao invés do que pensam “marxistas” ingênuos, reducionistas – é mais que apenas “Por que não fui convidado?” Isso nunca foi impedimento para Groucho! Os marxistas precisam de seu próprio partido disciplinado de vanguarda, pois
eles são raramente bem-vindos aos de qualquer outro.

9

Guiadas pelos dogmas fundamentais do desbehaviorismo e do materialismo histérico, as massas inevitavelmente abraçarão, não apenas o G-Marxismo, mas também mutuamente uns aos outros.

10

O Groucho Marxismo, então, é o tour de farce da comédia. Como seguramente se diz que Harpo falou:
“Em outras palavras, a comédia será revoltosa ou não será!” Tanto por fazer, tantos para fazê-lo! Sobre seus Marx, está dada a largada! (6)


Notas:

1. No original, déclassé. (N. do Tradutor)

2. “Rectumfication”, neologismo bricalhão que Black inventou a partir de “retificação” e “reto” (rectum, canal do ânus). (N. do T.)

3. Trocadilho aqui intraduzível entre “Trots” (trotskistas) e “hot to trot” (excitado para trepar), sem esquecer a brincadeira com os eqüinos pois “to trot” significa trotar. (N. do T.)

4. Um dia nas Corridas (A Day in the Races) e Os Gênios da Pelota (Horse Feathers) são filmes dos Irmãos Marx, enquanto A Mocidade é Assim Mesmo (National Velvet) é um velho drama onde Liz Taylor atuou ainda garota. (N. do T.)

5. Mais um trocadilho neste texto pleno deles: “party” é tanto partido quanto festa em inglês. Para entender a piada melhor, leia o parágrafo com os dois significados, substituindo onde houver “partido” por “festa”. (N. do T.)

6. Outro trocadilho praticamente intraduzível, desta vez com a exclamação que dá início a competições de corrida : “On your marks, get set –go!” aqui trocada por “On your Marx, get set – go!”. (N. do T.)

Tradução de Ricardo Rosas

Fontes:
Página de Bob Black na Spunk: http://www.spunk.org/library/writers/black/
Rizoma: http://www.rizoma.net/interna.php?id=162&secao=intervencao


Manifesto Comedianista

Um fantasma ronda a Representança - o fantasma do comedianismo.

Todas as impotências políticas se unem numa aliança Nonsense para conjurá-lo: toskistas e sacerdotes do neo-liberalismo, caciquistas e dançarinos de polca, leninistas e as viúvas do estado-de-bem-estar. Ao ouvir 'os comedianistas estão chegando' até mesmo os anômicos cerram seus punhos!

Que manifestação expontânea e divertida não foi acusada de 'engraçadinha' por seus adversários? Que oposição por sua vez não se sentiu ofendido com uma tortada, vinda da direita ou da esquerda, recheada de chantilly e engraçadismo?

Duas conclusões decorrem desses fatos:

1) O comedianismo já é reconhecido como um força debochademente perigosa por todas as correntes políticas da representaça.

2) Já é tempo dos comedianistas exporem, à face do mundo inteiro, seu modo de ver, suas piadas, suas ironias, seus sarcasmos, contrapondo o escracho de seu manifesto às patifarias ideotrágicas e cinzentices habituais.


PARTE 1 - REPRESENTANTES E DEBOCHADOS

A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das guerras de tortas. Homem livre entorta o escravo, o patrício tortilha o plebeu, o senhor torteia o servo, numa palavra, torteadores e torteados, representantes e representados, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada, uma guerra que termina sempre com mais de uma pessoa com a cara lambuzada, ou após o aumento súbito no preço do chantilly devido a demanda.

A representança moderna, que brotou das ruínas do poder divinamente instituído, sempre foi antagônica ao riso. Criando uns cem mecanismos para punir aqueles que se opuseram a sua total falta de humor, velhas condições de opressão, novas formas de conter a gargalhada.

Entretanto, a nossa época, a época da representança, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos. A sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos campos opostos, em duas grandes classes diametralmente opostas: exploradores-representantes e representados-explorados. Debocharemos de ambos 1) se os representantes não abrirem mão de sua representança e 2) se os representados continuarem bundisticamente estáticos diante da condição dos primeiros.

De todos os grupos que hoje se contrapõem a representança, só os comedianistas constituem um grupo verdadeiramente engraçado. Todos os demais desaparecem ante a sisudez e a chatice dos eleitoreiros; os engraçadinhos, ao contrário, são, em parte, frutos desta mesma chatice.

Todos os movimentos precedentes foram movimentos de minorias. O Movimento comedianista é o movimento autônomo da gargalhada em proveito da imensa maioria. Maioria que é relegada a um segundo plano, chamada de eleitora, pelega, alienada e que tem como única utilidade votar cabrestamente. É comumente proferido em alto e bom som, em microfones, televisores, rádios e palanques “Cidadão, exerça seus direitos. Vote!” e ninguém mais sequer fica corado diante de tal estapafúrdia.

A condição essencial da existência e da supremacia eleitoreira é a acumulação da legitimidade nas mãos de uns poucos que independente de sua orientação ideológica se tornam tediosas elites. Seus interesses geralmente se assemelham: A formação de quadros, o crescimento da influência do partido, marketismo visando ás próximas eleições. Sua legitimidade está fundamentada no eterno desempoderamento que exercem sobre os passivos eleitores.
O progresso do analfabetismo político se deve em grande medida à representância, esta tendo atingido seu cume, está nos nossos dias caindo vertiginosamente indo de encontro com os fortes indícios sustentados pelo movimento internacional comedianistas de que "pra baixo todo santo ajuda".

Assim, o desenvolvimento de um grande escracho que chacoalhe o terreno em que a representança assentou seu regime de expropriação política não só é viável mas está em andamento. Os representantes são, sobre tudo, personagens excelentes para a produção quadrinhos debochados, trotes originais, boatos incriminadores e piadas desprestigiantes. Sua queda (no ridículo) e a vitória dos comedianistas são igualmente inevitáveis.


PARTE 2 - COMEDIANISTAS E APARTIDÁRIOS

Qual a posição dos comedianistas diante dos apartidários em geral? Os comedianistas não formam um grupo à parte, oposto aos outros grupos horizontais. Não têm interesses que os separem do apartidarismo em geral. Não proclamam muitos princípios particulares, segundo os quais pretenderiam brincar com massa de modelar. Os comedianistas só se distinguem dos outros grupos apartidários em dois pontos:

1) Entre as diversas formas de ação política os comedianistas elegem o deboche como elemento ontológico contra o estatus quo e em pró de um mundo mais criativo e divertido.

2) Nas diferentes frentes em que insurge a guerra entre representantes e representados, os comedianistas se dão ao direito de fazer graça e meter o bedelho, além de chineliar aqueles que entre nossos antagonistas se destaquem por sua imoralidade e ranhentice, em nome dos interesses do movimento em seu conjunto.

Praticamente, os comedianistas constituem, pois, a fração mais resoluta dos representados de cada instituição, a fração que escracha demais; teoricamente têm sobre a vantagem de não concorrer a cargo nenhum se este fato não provocar o riso das multidões. O objetivo imediato dos comedianistas é o mesmo que o de todos àqueles que estão de saco cheio da política convencional: constituição de frentes humoristas de combate, derrubada da supremacia dos representantes e a divertida diluição do poder político em formas criativas de auto-governança.

O comedianismo não retira a ninguém o poder de avacalhar, apenas introduz a idéia de se avacalhar em pró de um mundo diferente. Alega-se ainda que nossa falta de seriedade nos impossibilita de fazer político. Se isso fosse verdade, há muito os comediantes, palhaços e piadistas politizados teriam perdido seus empregos, seus públicos e sua graça. Toda a objeção se reduz a essa tautologia: Politico bom é politico desempregado.

Abolição dos partidos! Até os mais racionais ficam indignados diante desse desígnio infame dos comedianistas. Sobre que fundamento repousa os partidos atuais, Todo partido gera corações partidos! Os partidários, na sua plenitude, só existem para as eleições, e no entanto, querem impor esta forma de organização sem-graça até os confins do horizonte político. O partido político desvanece-se naturalmente com o desvanecer de seu complemento e uma e outra desaparecerão com o desaparecimento da representação. O maior defeito da representocracia é que somente o partido que não está no governo sabe governar. Acusai-nos de querer encitar a divulgação das piadas que vocês nos inspiram? Confessamos este crime.

A revolução comedianista é a ruptura mais radical com o fazer político tradicional; nada de estranho, portanto, que no curso de seu desenvolvimento, rompa, do modo mais radical, com as idéias tradicionais. Apesar de nos sentirmos ultrajados pela falta de humor dos partidários trotiskistas, pelo dogmatismo almofadinha neo-liberal e pelo vazio preenchido de lero-lero sustentado por outros partidos, não nos sentimos incomodados por estar ao vosso lado até que a revolução jocosa se consume, pois como já dizia um antigo provérbio chines: "As más companhias são como um mercado de peixes; acaba-se acostumando com o mau cheiro".

O comedianismo utilizará sua supremacia rídicularizante para arrancar pouco a pouco todos risos que for capaz, desacreditando todos os instrumentos de representação hierárquica o mais rapidamente possível. Sabemos algo que os eleitoreiros sequer desconfiam: "A única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo."

Isto naturalmente só poderá realizar-se, em princípio, por uma violação despótica do direito de representatividade e das rabugentice político-burocratico-administrativa, isto é, pela aplicação de medidas que, do ponto de vista econômico, parecerão com ébrios e malabares, mas que no desenrolar do movimento ultrapassarão a si mesmas e serão indispensáveis para transformar radicalmente a ação política. Essas medidas, é claro, serão diferentes nas várias esferas de ação. Todavia, nas esferas mais fragilizadas, as seguintes medidas poderão geralmente ser postas:

1. Demonstração da não-representatividade através do voto no Monteiro Lobato, nonononoonon ou em outros candidatos representativamente nulos em pró de uma crítica mesmo que passiva ao sitema político eleitoreiro;

2. lançamento progressivo de tortas, bigornas, frutas podres, frangos-de-borracha e pianos sobre os membros das esferas representantes;

3. Instituição do direito inalienável de promoção e participação da baderna, sendo esta preferencialmente uma baderna politizada, mas não excluindo outras possibilidades mais 'artisticas';

4. Elaboração de canções-escrachantes, panfletos exóticos, redes de e-mails, sites internéticos, mosquitinhos e faixas coloridas denegrindo saborosamente a imagem de candidatos e outras figuras públicas;

5. Popularização dos seguintes dizeres "Não importa de qual partido você seja, você não me representa" a serem utilizados com cara de deboche diante da menor possibilidade de representação hierárquica.

6. Lançamento de candidatos-fantasmas, tão falsos quanto os verdadeiros, possibilitando uma maior adesão ao riso desenfreado gerado pelo chamamento de eleições.

7. Distribuição obrigatória de narizes de palhaço, perucas, perfis no orkut, fantasias, máscaras e chapeus divertidos como inclemento da manifestações comedianistas pró ou contra seja lá o que for;

8. Criação de centros engraçadinhos intensivos para onde serão levados todos os eleitoreiros e candidatáveis, até se tornarem divertidos humoristas apartidários ou criaturinhas peludas que não podem comer depois da meia-noite;

9. Educação pública, gratuita, divertida e política para todas as crianças de mais de 30 centimetros bem como aos adultos com até 206 ossos;

l0. Abolição de todas as esferas de representação hierarquicas, e um tempo pós-revolucionário de festa a se perder de vista.

Uma vez desaparecidos os antagonismos de representança no curso do desenvolvimento e sendo concentrada toda a comédia propriamente falando nas mãos dos indivíduos associados, o caráter político perderá muito da sua graça. O poder da tiração de sarro está no seu emprego contra a opressão representante dos sem-graça.
Se o representado em sua luta contra a politiquice, se constitui forçosamente em grupo; se converte-se, por uma revolução, a revolução deve por sua vez se converter em festa, pois o tempo após a revolução será este um tempo de festa.

Em lugar das picuinhas eleitoreiras, com suas siglas e antagonismos bobinhos, surge uma associação onde o livre desenvolvimento de cada um é a condição do livre desenvolvimento de todos. Mas se estivermos errados, nos permitiremos sublimemente o direito de debocharmos de nós mesmos!


Segundo Manifesto Comedianista

Conforme as diretrizes adotadas na reunião da última Internacional Comedianista, exigimos:

I – Socialização total dos meios de reprodução, abolição da família heteronormativa e a instauração de uma dita-Dura democrática.

Delírio Coletivo News & GOlds ::: Coleção de BunDada ::: Delariantismo, Loucurismo, Groucho-Marxismo, Hiper-Surrealismo, Infanto-Dadaísmo, Psicodelia Demente, Nonsense Naïf, ConsPiração, Etc Fist10
Fisting: o carro-chefe da revolução que socializará todos os meios de reprodução.

II – A organização revolucionária da luta de crassos que culminará numa sociedade desclassificada.

II,V – A imposição da menos-valia como forma de reparar uma dívida histórica das classes trabalhadoras exploradoras com as classes dominadoras exploradas.

III – A liberalização desdiscriminação das drogas recreativas populares como a maconha, a televisão, a música popular, etc. Também é necessária a proibição imediata das drogas capitalistas – instrumento da alienação burguesa – como a polícia e a religião católica. Esta última deve ser substituída pela Teologia da Libertinagem.

Delírio Coletivo News & GOlds ::: Coleção de BunDada ::: Delariantismo, Loucurismo, Groucho-Marxismo, Hiper-Surrealismo, Infanto-Dadaísmo, Psicodelia Demente, Nonsense Naïf, ConsPiração, Etc Baile-10
Sessão de exorcismo na Teologia da Libertinagem.

IV – Linchamento democrático reeducativo & recreativo para todos os banqueiros, ativistas, empresários, anarquistas, religiosos, caoístas, jornalistas, magistas, psicanalistas, discordianos, absurdistas e groucho-marxistas.

V – Uma sociedade igualitária onde todos tenham acesso à mesma quantidade de comida, vestimenta, habitação, água potável, ar puro, beleza, sorte, altura, idade, etc.

Delírio Coletivo News & GOlds ::: Coleção de BunDada ::: Delariantismo, Loucurismo, Groucho-Marxismo, Hiper-Surrealismo, Infanto-Dadaísmo, Psicodelia Demente, Nonsense Naïf, ConsPiração, Etc Capeta10
Uma das contradições inerentes do capetalismo é a desigualdade entre os homens

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wodouvhaox

Post Wed Oct 16, 2013 9:21 am by wodouvhaox


Bela-Parrachia, Vida e Morte dos Mitos


Apócrifos Cabalísticos

Introdução

Bela-Parrachia , 10 de julho de 56 D.V (correspondente a 153 d.c)

Sou um eremita da seita mais conhecida como Bela-Parrachia, chamam-me hoje de Von Darsê, somos um grupo de pessoas obstinadas a querer saber em que acreditar, mas nada acreditamos, melhor dizendo, acreditamos nas respostas que encontramos durante um tempo mas sabemos que respostas nunca são verdades. Vivemos como errantes rodando por esse mundo, a procura de respostas que escreveremos sempre a carvão, assim até mesmo o vento poderá apaga-las. Von-Darsê sempre foi fiel sua cultura, mesmo que fidelidade aqui não signifique respeito a tradição, nem mesmo concordância. Nascida na terra do sol nascente sempre a magia e os sonhos fizeram parte dos seus cultos incultos. Vou contar-lhes então algumas historias que aconteceram conosco para que possam compreender melhor a nossa seita tão religiosamente pagã.

Bela-Parrachia e a Linguagem.

Espíritos “nômades” vagaram muito tempo, pelas mais diversas terras inabitadas e mórbidas, alegres e ensolaradas, entre essas ja tinham passado uma vez por uma cidade chamada Swan-Tao, a muito, muito tempo….

O povo dessa cidade não podia se lembrar bem, aquele povo ja era agitado demais, vivam em função do futuro, não tinham tempo para lembrar o passado, tampouco o presente. Os espíritos voltaram a aparecer na cidade de Swan-Tao de modo tão espontâneo que chocaram as pessoas desprecavidas, um espirito chamava demasiada atenção, esse espirito era mais conhecido por Von Darsê, um eremita “solitário” da seita Bela-Parrachia.

O povo em Swan-Tao falava tanto do acontecimento que nada comunicava, sua linguagem era pura verborragia, a alma deste povo era fraca, talvez consumida demais pelas excentricidades sadomisticas do mundo moderno, sua linguagem era tão rica, sua língua tão bem escrita que nada comunicava, intrigado pela linguagem harmoniosamente brilhante dos Bela-Parrachia, um sujo e nobre camponês resolve perguntar a Von Darsê :

- O que precisamos para dizer como dizes? Comunicar como comunicas? Ser o que sois?

- Precisardes antes de mais nada serdes sexualmente ativos, assim não precisaras mais gaguejar a um instinto reprimido, não precisais de linguagens tão complexas quanto a complexidade que não alcanças por estardes tão presos e cansados como mortos. Palavras são palavras, olhe em meus olhos e veja além…

O jovem compreenderá a mensagem, olhará não só para os olhos de Von Darsê mas também para seus gestos, a velocidade de sua fala, sua movimentação labial, e começou a compreender o que nunca havia compreendido.

Posso ver não só teus movimentos, como teus sentimentos, mas como posso ser livre? Como posso gozar do livre sentido do nonsense ? O sábio ficou parado observando o jovem conseguir sua própria resposta….

O jovem olhou para o chão então e pode ver uma formiga que batalhava para levar um pequeno pedaço de arroz para tua casa, o jovem pegou teu arroz naquele momento, observou-o e disse:

- Todos somos grandes, todos devemos ser um pouco abusados e nunca humildes demais, devemos ser naturais e espontâneos e comeu o pedaço de arroz. Eu hoje desejo sangue, desejo com inocência, desejo acima de tudo arroz. Disse tudo com um sorriso altamente natural no rosto enquanto bebia vinho e comia arroz.

Era visível demais, Khon Hu, o jovem , apresentou-se aos espíritos e disse-lhes : Descobri todo sentido da comunicação mas não devo agradecer-lhes, apenas pelo arroz que jogastes no chão, esse me trouxe luz.

Sobre o Criador

O povo Bela-Parrachia dirigiu-se ao centro de Swan-Tao e começaram a montar um gigantesco ganso de bambu, o povo de Swan-Tao parou para observá-los, entrando em choque com a cena incomum de seus dias monótonos, o mais interessante era que o ganso de bambu de aproximadamente 2 metros possuía uma genital de aproximadamente 40cm, alguns então começaram a debochar do ganso e Khon-Hu deteve-os com sua neo-sabia-linguagem.

- Ganso, Deus, Genital Grande, Valor Sexo, Risadas, Pequenez, Moralismo, Embriaguez, Estupidez….então ficou olhando para cima e para baixo, depois manteve suas mãos numa linha retilínea, na linha do horizonte, na aurora, tocou então no cerne da questão.

O homem que até então zombava ajoelhou-se e disse:

- Perdoe-me, o tempo me matou, a falta de sexo enrijeceu-me, a moral trancafiou-me, preciso livrar-me de toda essa morte

Então gritou com toda força :

- 1, 2, 3, 90, 4 !!!!

Com esse gesto mesmo o homem comum tornou-se ali um Bela-Parrachia e quebrou o encanto nebuloso que haviam feito em ti. O homem então começou lentamente a andar de trás pra frente criando não só uma nova maneira de andar, criará ali, um novo mundo, e afirmará aos prantos:

- SOU TÃO DEUS QUANTO DEUS FOR O GANSO!! Seguirdes então o caminho que não levas aonde deseja chegar..

Von Darsê ainda falará com a multidão que aos poucos se ajoelhava para a estatua de bambu do ganso:

- A magia vos cerca, e não deveis temer, pois tudo que será feito poderá ser desfeito, pois tudo que ostentastes, tudo que tomastes, será roubado de ti pela magia. A magia de nosso criador que procuramos eternamente sem nunca ter encontrado, que procuramos eternamente sem ao menos querer encontrar. Viva Parrachia, que bela!!!

O povo então começou a observar a magia, observar que um ganso de bambu era tão poderosamente místico quanto mística fosse a magia de quem pudesse olha-lo, e as pessoas eram tão deuses quanto mágicos fossem eles mesmos, mas o povo ainda não compreenderá os arrozes que a todo momento os Bela-Parrachia jogavam no chão, e a todo momento comiam…

O Arroz e o Mito

Enquanto os Bela-Parrachia jogavam bolinha de gude, grande parte do povo os observava e tentava compreender aqueles espíritos ensolarados, alguns insultavam-os, alguns os veneravam, mas ninguém era de forma alguma indiferente.

Durante um ritual os Bela-Parrachia disseram todos juntos como num grande refrão harmoniosamente caótico:

- Bolas de gude, acerte aquela bola, derrube-a, esmague-a, aquela bola ja é velha demais.

Ficaram então correndo em círculos, gritando essa frase repetitivamente, eis então que a chuva começava a jorrar, destruindo sua própria cerimonia das bolas de gude, eles então começaram a comer arroz e dançar, esse era o famoso ritual da auto-destruição.

Nesse ritual destruíam suas próprias crenças em prol de novas crenças, assim poderiam sempre ir além na procura do desconhecido.

O arroz era um dos reagentes que utilizavam para fazer suas magias, utilizar sua alquimia, além de um grande vício que nunca poderiam largar se quisessem realmente superar a si próprios. O arroz continha uma magia tão grande que foi utilizada pelos Chineses para plantar e pelos Bela-Parrachia para chegar a um estado meta universal, o arroz produzia sensações neles que podiam ser comparadas aos transes hipnóticos produzidos em algumas tribos durante cerimonias religiosas, porem não se tratava simplesmente de um mero recurso psicológico.

Pelo arroz conheceram além do universo, e mostraram suas experiências para todos, mostraram o poder da dança dos deuses, depois aprendida por outras culturas e religiões, afirmaram que todos deveriam satisfazer seus desejos, qualquer que fossem, desde brincadeiras até os sexuais, independente de serem poligamicos ou monogamicos, independente de ordens políticas ou religiosas e assim o foi até a repressão e mutilação da naturalidade por pessoas quase sempre mal intencionadas.

“A grande verdade: a verdade temporal, a verdade que não afirma, a eterna duvida.”

A espontaneidade e o Caos Ordenado

Chuvia muito em Shaw-Tao, estavam todos no templo Quay-Wan, era um dia que não se podia ir as ruas, pois estava-se no dia da constelação Chen, dia sagrado para a religiosidade conterrânea. Um menino, porém, pedia muito aos país para irem a rua com ele, pois na rua se encontravam os Bela-Parrachia dançando e comendo arroz na chuva.

O pai revoltou-se e bravejou com sua áspera voz :

- Isso é um absurdo, hoje é dia de Chen, algo terrível acontecerá a aqueles incrédulos, os ceticos sempre foram uma praga filho, escute-me bem.

Um ancião Bela-Parrachia que estava perto não pode deixar de ouvir, e retrucou:

- Digo-vos irmão, tens tanto medo do perigo do fogo, que não percebeste que o fogo ja te queimaste por dentro, enquanto vos o prendestes. Liberte teu filho, não permita que vossa prole queime convosco. Recusar-lhe-ei a vida?

O pai do garoto mordeu os dentes e começou a pensar, observou que toda sua vida havia reprimido seus sonhos, seus desejos, do que sempre quis fazer e não o fez pelo medo e obediência das tradições e moralismos mas ainda tinha medo de seu filho servir de teste para o azar.

Resolveu então sair junto de seu filho, abalaram-se os portões da ordem, tiraram as roupas e saíram correndo pela chuva, em pouco tempo estavam dançando pelados como os Bela-Parrachia, e claro, comendo arroz.

Tinham agora uma nova tradição, caoticamente destruíram a ordem e então constituíram essa nova ordem, a de se despir, dançar, comer arroz…os Bela-Parrachia juntaram-se então, começaram a jogar bolas de gude até que resolveram não mais dançar e sim ler, entrava-se na era da leitura na China.

Leitura de um trecho do diário de Von Darsê :

- Hoje 16 de abril de 48, o sol já se esconde dentre as montanhas, estou muito feliz, estamos conseguindo comprir nosso objetivo, apesar de não termos uma meta paradigmática, o povo ja se solta mais, dança mais, ri mais, se diverte mais e se preocupa menos. O imperador está preocupado com a diminuição do trabalho dos camponeses e parece desejar nossas cabeças, não me é estranho esse comportamento de um ser que prende dentro de si tanto fogo, as queimaduras, a depressão e o desespero se fazem assim. Nós desejamos sexo, sorrisos, diversão, cultura, leitura e caos harmônico. Estou realmente surpreso pela vida que podemos levar quando negamos a morte na vida.

Espaço, Tempo e a Felicidade

As pessoas se perderam no tempo e no espaço, as pessoas roubam o tempo e o espaço uma das outras, como querer encontrar a felicidade se você não detêm o tempo-espaço da sua vida?

Um escravo conhecido como Amadah-Len veio perguntar aos Bela-Parrachia : Estou tão deprimido, como posso ser feliz?

Jung de Miro e Von Darsê responderam-no com a suavidade drástica dos Bela-Parrachia : Como quereres ser feliz, enquanto procuras a felicidade de olhos vendados? Como podes comer se não tens a comida, onde plantar e nem ao menos o tempo para comer? Para ser feliz precisas antes de mais nada de tempo para ser feliz, precisaste ter o teu tempo para ti…enquanto teu tempo é roubado, não poderás encontrar a felicidade, precisas pois tomar o tempo de quem te rouba, tua majestade, teu senhor, tua religião ou tua política e após retomar a terra roubada que outrora foste tua, e hoje te negam com veemência.

Ai jaz a essência da felicidade, mas não só ai, se tua religião te aprisiona em vida ou em morte não podes ser feliz, precisastes na vida do gozo que outrora fostes pecaminoso, precisastes viver no mundo, para fora, e não se trancar em si mesmo, o orgasmo pleno de um ser se faz ai.

Von Darsê então lhe deu uma lição que o escravo jamais esqueceria :

Seja livre mas não se esqueça, te prende um pouco também, não viva só como um animal, só pelos instintos, do mesmo modo que um pouco de veneno pode curar um envenenamento, um pouco de mal pode curar o mal da totalidade, vos é necessário um pouco de cada doença para que possas viver curado e não arriscar-se contaminar até a morte. Mais quando chegar tua hora terás de saber o momento certo de ficar doente e largar teus remédios, pois a doença é também uma cura.

Não se iluda com teóricos que lhe dizem que o tempo vai acabar, ou que começou por obra do divino, nem que o tempo é uma reta ou um circulo, o tempo é mais que simples teorias, o tempo não volta, o tempo não para, por isso precisastes da mudança, porque o tempo não vai acabar, mais vos um dia irá perecer, as ações humanas são infinitas porque infinitas são tuas idéias. Portanto não tema, retome teu tempo, retome teu espaço, retome tua vida, assim encontrarás, ou melhor, poderás encontrar a felicidade.

O Ritual da Autodestruição

Um dia de sol, as gramas estavam verdes em Swan-Tao, as pessoas ja tinham aprendido não só a aceitar os Bela-Parrachia mas também a adora-los, a maioria da população tornara-se Bela-Parrachiana e os que ainda se prendiam a neuroses e fobias começavam a desvirtuar aquela seita ou anti-seita que negava-se sendo. Criaram dogmas, verdade Parrachianas e começavam a dizer que só se chegaria a luz através do “ideal” Parrachiano.

Enquanto acontecia essa desvirtuação pálida dos Bela-Parrachia o jovem Khon-Hu olhava-se no espelho e conversava consigo mesmo:

- O que queremos? Era isso? Mais uma anestesia psíquica? Não, nunca foi e nunca será essa lastima, devemos negar toda verdade imortal e divina, devemos negar toda verdade imutável, devemos queimala ou devemos esperar que o tempo a queime?

Von Darsê que vinha passando não pode de deixar de escutar, escutou a conversa do jovem e chamou-lhe :

- Veja. (apontou para o sol e para as pessoas que ali trabalhavam).

- O que vê? – perguntava Darsê num tom melodioso.

O jovem Khon-Hu respondeu-lhe com sua percepção místicamente realista:

- Vejo pessoas que trabalham de dia, porque aprenderam que assim podem produzir mais e melhor. Nós não viemos aqui para ensinar-lhes o trabalho, contudo se tiverem duvidas, podemos reafirmar-lhes que o dia é melhor do que a noite.

- Sim, respondeu Darsê, contudo esqueceste de algo, esqueceste da noite, assim como no dia pode-se trabalhar, descansar e praticar o coito, a noite também é hora, a noite também é dia. Não deves prender-te a respostas tão superficiais como noite/dia, verdade/mentira, bem e mau, a austeridade se torna a miséria de quem a prática, o maniqueismo do tirano.

Khon-Hu então correu para a praça e começou a fazer movimentos que ninguem podia compreender, deu um berro de fúria, um piso no chão de raiva, fez algumas caretas, e começou a dançar mexendo bastante a região pélvica.

O que ele estava querendo? A maioria do povo olhava intrigada, alguns acusando-o de exibicionismo e falta de pudor, mas foi o sábio Arachimini um garoto de 13 anos que pode dizer aos intrigados cidadãos.

- Vocês estão cegos? Seus olhos estão tão fechados que não conseguem perceber a voz que sai dos movimentos? Ele está tentando mostrar-nos que a movimentação natural do corpo tanto pode trazer a tranqüilidade, a emoção, os sentimentos de volta, como nela não existe verdade, existe caos ordenado, existe vida, existe livre liberação de fluxo e não tentativas forçadas de tentar impor-lhes verdades como fazem. Ele dança como quer, faz o que quer, o que teu corpo quer e o que aprendeu e não nega o novo, jamais. Por isso ele não pode ser como aqueles que desejam tornar a beleza dos Bela-Parrachia mais um túmulo como o Cristianismo, o Judaísmo, e essas auto-sacrificações masoquistas.

Logo após o discurso flamejante do garoto, Jung de Miro foi a praça central da cidade conclamou o povo e disse :

- Vim dizer que nós Bela-Parrachia estamos partindo da cidade, porem antes de irmos proclamo a todos os Bela-Parrachianos a fazer o ritual da bola de gude sobre tudo que sabemos para que não nos tornemos jamais padres Parrachianos, essa aberração nunca existiu e não deve vir a ser. Deixemos que o devir entre em nossas vidas…

Então o povo Parrachiano voltou a sua essência lúdica, jogou bolas de gude, divertiu-se, dançou, comeu arroz e no final destrui qualquer vestígio de império e autoridade.

A Deriva e o Errantismo Parrachiano

“Vamos atravessar pontes

E de pontes para pontes

Assim urge nosso destino

Não ficaremos parados

Estagnados, esperando o acaso.

Não ficaremos parados

Com a faca na mão,

E a justiça no peito…nos matando a cada segundo.”

Os Bela-Parrachia então saíram de cidade de Swan-Tao e começaram seu caminho rumo aonde a beleza os levasse, é importante ter um objetivo, mas não para vida toda, todos objetivos devem cair para dar lugar a novos objetivos, para a vida não ficar rígida demais, assim como todas as localidades e condições de vida devem ser trocadas periodicamente para não se prender a um padrão de vida ou um padrão de ambiente, assim os Bela Parrachia construíam sua anti-sistemática, não confiando em verdades imutáveis, formava-se a deriva e a constante da revolução, o devir.

Foi com essa convicção que os Parrachia saíram em direção aos desertos Árabes enfrentando condições climáticas para eles aterradoras, o perigo era tão constante que levou a muitos a superarem a si mesmos para enfrentar a morte. Agüentaram bravamente tanto o clima do local quanto o tempo (quando se diz tempo, está se referindo não só a condições climáticas e sim a duração do próprio dia e indo alem do próprio minuto.).

Após dias de truculência chegaram a um Oásis onde vivia um tribo, essa tribo defenderia sua localidade estratégica com a vida, eles detinham armas (lanças, escudos, arcos…) enquanto os Bela-Parrachia não tinham nenhum tipo de armamento bélico. Tudo insinuava que eram os últimos momentos de respiração dos bombeiros incendiários, mas os Bela-Parrachia possuíam uma grande arma escondida na manga, a revolução do gato amargo.

Aproximadamente 300 guerreiros armados partiram em direção aos cerca de 150 Parrachianos, eis então que a situação mudou, quem vive no mato aprende com o coelho. “ Nas ocasiões que tudo inspira temor, nada deves temer. Quando estiveres cercado de todos os perigos, não deves temer nenhum. Quando estiveres sem nenhum recurso, deves contar com todos. Quando fores surpreendido, surpreende o inimigo”

Sun Tzu foi um grande inspirador dos Bela-Parrachianos, e foi exatamente a sua mentalidade que o povo Bela-Parrachiano utilizou para revirar a situação.

Os Bela-Parrachia então começaram a dançar e comer arroz na frente dos 300 guerreiros tribais e como era de se esperar a chuva jorrou, o místico ar tomará conta do local, os 300 guerreiros acreditaram ser os Bela-Parrachias Deuses, enquanto eles eram apenas parte da natureza, melhor dizendo, não apenas parte, ele eram a natureza propriamente dita, assim como você e eu.

A partir dai os tribais juntaram-se aos Parrachia, começaram a adora-los, mais logo os Parrachia os demonstraram que não só eles eram Deuses, mostraram que todos os são. Aqueles dois povos à partir dali aprenderam muito mutuamente como bons seres humanos, ou bons Deuses. A magia da deriva, como a magia do errantismo trouxe aos Bela-Parrachia muito conhecimento, evolução, força e afetividades guardadas de todos os locais, alem da possibilidade de manter-se em constante movimento, o constante movimento da vida.

A Virtude da Loucura (diário de Von Darse)

Durante as áridas caminhadas sobre desertos, florestas tropicais, vimos de tudo que se possa imaginar, até mesmo o inimaginável. Aquele sonho que se tem a noite ou mesmo de dia, para nós era realidade, o sonho e o pesadelo eram-nos igualmente virtudes, pois da vida, eles faziam parte.

Passou-se neve e chuva, sol e seca, até que podemos encontrar uma das maiores dadivas que nos esperavam… Encontramos jovens nômades durante o trajeto e ficamos muito amigos daqueles eruditos, mas um deles se destacava demais, tanto por sua anti-sociabilidade, como pela sua magia, seu intelecto e sua honestidade vibrantes.

Conheci esse Santo enquanto ele conversava sozinho, achei inicialmente estranho tal fato, comecei a achar que tal homem possuíra poderes sobrenaturais alem da luz, mais tarde iria comprovar minha teoria. Resolvi perguntar então a alguns Nômades sobre tal estranha figura.

Contaram-me que ele era um caso realmente muito estranho, não se envolvia muito bem com os outros Nômades, principalmente os mais austeros que traziam a estase daquele povo. Estes nômades austeros e jactanciosos que odiavam o jovem estranho eram os mesmos que traziam a paralisação daquela sociedade e sem duvidas o diferencial entre os Bela-Parrachia e eles.

Eu resolvi então falar com o jovem que era conhecido como Iquiz Tao Hiad e descobriu no jovem tanto uma noite* imensa quanto uma sombra ardente, o jovem era honesto de uma maneira una, não continha a peste da falsidade e da mentira trazidos da rigidez das cidades falsas.

O jovem dizia com os olhos ao mesmo tempo tão distantes como tão próximos do mundo como é raro de ser ver :

- As cidades fantasmas querem roubar minha alma, dentre este povo existem desde as mais celebres pessoas, até os mais árduos tiranos, me chamam de louco, dizem que perdi minha cabeça, mais quem quer tirar minha cabeça são “eles” (claramente falava sobre mais de uma entidade). Os normais estão loucos, e agora querem dominar a “loucura” dos normais, assim ninguém irá atrapalha-los a deter o poder, por isso fugi para essa tribo nômade que me acolheu de braços abertos.

Chamavam-no de louco, mas loucura para Von Darsê** ainda não era de certo aquilo, compreendo que em tal jovem haviam coisas um tanto quanto assombrosas, parecia que ele tinha fugido do mundo, criado seus próprios significantes, tanto para as palavras, quanto para a vida em si mesma. Eu resolvi ajudar (ainda que com medo de destruir-lhe a magia) aquele jovem, que apesar de tão honestamente inteligente, possuía uma angústia de uma tonelada ( se é que podemos medir os sentimentos.), mas não escreverei aqui como o ajudei, apenas quero relatar o meu encontro com o mais inteligente dos homens, mesmo porque foi o mais sábio e honesto deles.

* – Noite claramente no sentido de harmonia e beleza natural.

** – Aqui, falando sobre ele mesmo em terceira pessoa.

Usando o Vivido, Não se Vive, se Usa.

Os Bela-Parrachia após o encontro com os Nômades partiram para a maior cidade de Oriente, ja Ocidentalizada a tempos, Bombain, lá puderam observar as pedras que se locomovem e ficaram impressionados, terrivelmente impressionados, viram pela primeira vez uma cachoeira que não flui.

As pedras andavam a seus objetivos tão superficiais como elas mesmas, azedas, imóveis e duras, duras como….pedras. Seus únicos objetivos (que elas próprias não sabiam) era manter o grande pedregulho que mantinha seus status de pedra. Os pássaros que ali viviam largaram tudo que era vida, eles não possuíam possuindo, a partir de agora, tudo que eles detinham não detendo em prol de transformar toda aquela vida em simples uso. Foi ai que a maldição travou-se sobre Bombain, todos os pássaros viraram pedras e o pior, não sabiam que eram pedras, e defenderiam a condição de pedras, aqueles que um dia ja foram pássaros. Tudo aquilo era demasiado triste, ver aquilo era quase que como transformar-se em estatua e estar morto também.

Os Bela-Parrachia estressados e perplexos sabiam que aquela era a maldição para aqueles que transformam suas vidas em epílogos, e começaram a gritar sem se preocupar com as pedras e seus pseudo-objetos de uso, CRIEM INTRODUÇÕES, PROLOGOS, VIVA O INICIO, O MEIO E PRINCIPALMENTE O FIM, NÃO O FIM COMO DESFECHO, JAMAIS O FIM COMO CONCLUSÃO, MAS O FIM COMO A PERCEPÇÃO DO ETERNO ERRO!!!!

Enquanto berravam essas palavras, alguns vomitavam, outros praticavam o onanismo e gozavam, outros simplesmente cuspiam, outros respiravam com vontade e jogavam para fora todo ar velho, o fato era que todos demostravam o novo, todos mostravam o fluido da vida em oposição a estagnação e a reificação que os rochedos trouxeram.

Todos os Bela Parrachia viviam e mesmo que estivessem usando roupas, objetos, livros, eles viam tudo isso como vindo do mundo, melhor dizendo, tudo como participação do mundo e não objetos fragmentados, viam tudo como vindo e ainda presentes na terra, viam tudo como partes de si mesmos, viam a vida, eram ainda pássaros.

Enquanto os Bela-Parrachia viam tudo na vida, as pedras, viam tudo como objetos de uso, viam tudo até mesmo os animais como utilidades, tiravam suas características, tiravam suas vidas, fragmentavam tudo, transformando-os em objetos.

“ Se eu mantive-me inteiro até aqui,

O sonho, o sono, o despertar, não acabou

Aqui então viverei, aqui então morrerei

A energia fluiu, o mar de risos, de gritos,

De raiva, alegria, paixão, amor e ódio

Na noite ensolarada,

Tudo se vive, tudo é da terra,

A terra é de tudo, o cosmos, é tudo,

São de tudo, são de todos, são o tudo.

Somos nós. “

A Raiva e os Sentimentos

Evitam a raiva PRISÃOSem Sentimentos

Tem amor  VIDA Tem raiva

Amor  HARMONIA  Ódio

Tensão  GOZO  Climax, Alivio

Sexo  MAGIARitual da Auto-Destruição

Antagonismos formam sinteses ? Paradoxos naturais ou natureza

paradoxal ? Naturezas naturalistas, biopoliteistas ateus do devir?

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A quebra do equilibrio.

Estavamos numa floresta, realmente alegres em nossa caminhada

errante escutando o ancião Jung de Miro que contava-nos historias na

roda que se formara entre a fogueira e o vinho.

- A muito, muito tempo, existia um povo que não sabia rir, esse povo

era dominador, tinham lanças que cuspiam fogo*, guerreiros montados

em criaturas rapidas como dragões. Este povo era terrivel, rangiam

os dentes de tão angustiados, tinham os braços rigidos e os olhos

sem expressão. Tornaram a terra das tribos daquela floresta puro

fogo, pura lama, mataram todos animais e faziam panos com a pele

desses animais para vestirem-se e mostrarem seu status.

- Eles sabiam matar, eles sabiam dominar, mas nem ao menos sabiam o

que eram os sentimentos, a muito ja tinha se perdido disso, sabiam

matar, sabiam destruir. Um dia um desses guerreiros insensíveis

encontrou um menino Bela-Parrachiano e perguntou : Onde estão os

guerreiros Parrachianos? Enquanto olhava tenso para todos os lados e

suas mãos suavam rígidas como pedras segurando a lança que cospe

fogo.

- Eles estão como de custume brincando, tomando chá, vinho, fumando,

fazendo sexo, dançando ou caçando, aqui tudo é alegria e tristeza,

todos os sentimentos fazem parte de nossa vida, sabemos que negar um

sentimento é negar a todos, mas porque deseja saber? Deseja se

divertir conosco? Venha, venha! O garoto que antes fazia malabarismo

então deu as três maças que segurava ao guerreiro e disse, venha

brinque comigo.

Nesse momento o mundo parou, o guerreiro olhou com os olhos

lacrimejando, parecia que toda aquela sua defesa, toda aquela

barreira que o impedia de comunicar-lhe com o mundo havia sido

quebrada ali, por um simples menino, por simples bolas de

malabarismo. O céu refletiu o pranto e a chuva jorrou, jorrou tão

bela quanto a inocência daquele menino que transformara uma lagarta

em uma borboleta. O guerreiro então lhe disse:

- Por favor menino, seja meu mestre, ensine-me a sentir novamente,

isso é a melhor coisa que poderia ter me acontecido, não quero mais

viver a austeridade, deixe-me tornar um Bela-Parrachia.

Deve aprender então a raiva, pois a tristeza é tão linda como a

alegria, o que sente dos que fizeram de tua vida uma prisão? O que

sente com relação a aqueles que matam e destroem todos os

sentimentos, todos os povos que destroem a harmonia com a natureza,

pois se alienam da vida, o que sente?

Uma fúria incontrolavel tomou conta do guerreiro que começou a

chutar uma arvore ao lado e soca-la, seu choro não caia mais do céu

e sim de seus olhos, a vida pela primeira vez transpareceu para o

guerreiro que gritou :

- O QUE ERA A ORDEM QUE ME IMPUNHAM ? NÃO ERA PODRIDÃO E MORALISMO

LASTIMAVEL ? ME DERAM A MORTE E FALARAM QUE ERA VIDA, HOJE OS ÓDEIO!

O guerreiro então sentou-se e começou a meditar, meditava não

interiorizando o ódio e sim exteriorizando-se e entrando em contato

com o mundo real, tornava-se ali parte da natureza, tornara-se ali

um Bela-Parrachia.

Após o ódio o guerreiro pode compreender também o amor, pode

compreender todos os sentimentos que a vida traz, pode compreender a

própria vida. O guerreiro então agradeceu muito o menino e partiu

com sua missão de trazer de volta a vida para seu povo natal. Reza a

lenda que ele conseguiu, e todo seu povo hoje vive em montanhas

isolados em contato com os animais e a floresta.

* Acho que aqui fica claro a clarividência e os deja-vus dos

Bela-Parrachia, indo alem, fica claro a superação do tempo pela

psique Parrachiana.

A Família Parrachiana e a Guerra da Doença Contra a Natureza

“A família, tão consagrada instituição, tão famigerada relíquia,

passando tradições, contradizendo emoções, limitando relações.” Lyn

Myhn. 37 d.l (depois de Lyn)

Morte!!! Pecadores!!!!! Gritava enfurecida uma multidão de

religiosos que corriam atrás dos Bela-Parrachia… Tudo começou

quando os Bela-Parrachia resolveram acampar um tempo, bem próximo a

uma cidade religiosa, a grande questão que gerou o conflito entre

esses dois povos, foi justamente a questão sexual e familiar.

A família Parrachiana não continha os padrões monogamicos, rígidos,

culturalmente tradicionais assim como os desse povo “religioso”,

mesmo porque o Deus da religião que condenara os Bela-Parrachia era

um Deus assexuado (e a sexualidade para aquele povo se resumia a

procriação), e os deuses e deusas Bela-Parrachianos, sempre morrendo

e dando lugar a outros (ou não) eram em grande parte altamente

sexuados e altamente diversos, entre eles existiam deuses (e Deuses)

assexuados, poligamicos, monogamicos, heterossexuais, bissexuais,

etc..(entre eles animais, Deusas, deuses que não eram seres,

energias…), poderia-se até considerar que toda a natureza era a

deusa desse povo.

Dessa forma a família Parrachiana não existia como fragmentação

social, existia como totalidade popular e natural. Se formos

considerar uma família Parrachiana, deveríamos considerar todos os

adultos como pais e todas mulheres como mães, as crianças recebiam

educação de todos, principalmente dos mais velhos, assim como muitas

tribos indígenas que foram influenciadas místicamente e

atemporalmente pelos Bela-Parrachia.

Após a ardida fuga do povo Parrachiano pelas florestas de Swe’rohw,

o povo Parrachiano ainda estava confuso sobre o que aconteceu e

conversavam sobre o fato :

Kohn Hu : “ Perigo, incompreensão do amigo, então apontou uma arvore

caída sobre diversas plantas (a arvore tivera matado as plantas).” O

que devemos fazer? Lutar ou fugir? A terra deveria ser de todos,

mais eles a tomaram, nos atacaram simplesmente porque alguns de nos

faziam sexo no meio da praça, que fica no nosso próprio acampamento.

Von Darsê : Kohn Hu, a praça não é nossa, é deles e de todos, eles

querem nos impor suas leis, eles querem nos impor suas tradições,

acusaste-os de derrubar arvores sobre plantas, inferiste-nos de uma

pequenez ilusória. Eu compreendo que eles dominam o seu próprio povo

através de sua família e de suas leis, mas escute-me, nos não somos

libertadores, os maiores libertadores sempre foram os maiores

opressores, se querem acabar com o domínio devem fazer isso com as

próprias asas, se aquela febre patológica voltar a nos assombrar,

nos defenderemos com nossos remédios.

“ A prisão da família,

sentida na pele,

sentida a ferida.

Os olhos brilhavam,

enquanto descobria a vida,

Mais tudo aquilo lhe foi negado,

o mundo lhe foi roubado

Pobre garoto,

que hoje esconde o que quer,

Descobriu a felicidade na família Parrachiana,

Descobriu a liberdade,

descobriu a amizade,

Descobriu que tudo é de todos,

e todos são o tudo,

Descobriu que tudo é parte,

Daquela maravilha,

que se chama mundo.”

Kohn Hu, 23 d.k

A Maldição que Salvou Vidas. (diário de Von Darse)

Escuto um esporro, mas não aguço minha neurose, entro em contato com

o silencio esperando a cada vão o respaldo das ondas de som, que

adentrariam meu ouvido caso fosse necessário. Meu ouvido como o de

uma águia capta a maldição, alguém, algo, teria nos amaldiçoado, eu

ainda não pude saber o porque, ainda não pude prever e prevenir, só

sabia que meu povo estava doente.

Porque? perguntava a Deusa Éris, porque teriam os Deuses cometido

tal ato? xinguei-os, não pude evitar, não importava, estaria selado

nosso destino? Seria esse o grande fim que nós aguardava? Não podia

acreditar, comecei a chorar diante da chuva que completava o clima

de instabilidade, a chuva caia como que me corroendo, era tão acida,

era o reflexo de minha dor.

- Ei, Porque choras meu jovem? – Perguntou um senhor que passava.

- Não posso evitar, meu povo está doente, grande parte esta com

perigo real de vida, só o que fazem é ler, comer e dormir, mal

conseguem se locomover. Nosso povo sempre foi andarilho, sempre foi

atlético e nunca nenhuma doença nos assombrou com tal intensidade. –

respondi com voz mórbida

- Então o que estás fazendo a chorar? Procuraste a cura pro teu

choro e de teu povo? Nenhum Deus comanda nada, olhe para natureza,

observe como ela se locomove, Gaia*, é assim que a chamamos em minha

terra. – disse-me o velho que tinha os olhos indiscritivelmente

profundos.

- Você tem toda razão, muito obrigado.

Agradeci-o e parti rapidamente com uma parte do grupo que ainda não

estava doente a procura de cura, mas o mais interessante foi

observar que quem descobriu a cura para doença foram os próprios

doentes que estavam a ler bastante, como única atividade que eles

poderiam realizar.

Depois de uma pequena busca podemos encontrar os remédios para os

doentes e cura-los, e incrivelmente saímos daquela “maldição”

vigorosamente mais fortes, a nossa informação havia crescido,

conhecíamos agora melhor as curas e as próprias doenças e felizmente

não houve preços para isso. Jamais pagaríamos um preço alto para nós

trazer tais informações, ou tecnologias, como as pedras as chamam,

jamais seriamos cruéis como as pedras de sacrificar vidas por tais

tecnologias, mesmo porque estas nos trazem informação, o que é bom,

porem não nos trazem o mais importante, que é a felicidade e

harmonia de nosso povo.

Mais tarde so que Von Darsê** foi saber que o velho que lhe falará

era o famoso e hermético Dan Ki Chopper***, um santo ateu que

grassava pelas cidades mostrando o mundo para os que se atolam em

metafísicas e esquecem de viver.

* – Aqui fica claro de onde surgiram as teorias de Gaia que só hoje

são reconhecidas, iniciadas com o mestre Dan Ki Chopper

** – Novamente Von Darsê usa seu nome em terceira pessoa.

*** – Dan Ki Chopper alem de santo ateu foi o criador de uma técnica

oriental de concentração que é utilizada até hoje.

O Mapa da Felicidade (diário de Kohn Hu)

Onde está ela que todos procuram? Onde está a Deusa, o mar, a luz e

a razão da vida? Onde está a felicidade?

O céu caiu sobre as flores que murcharam, o céu se abriu e as flores

levantaram, onde está a felicidade? Onde está a felicidade? No

levantar da pétala? Ou no murchar da dádiva colorida da Deusa?

Resplandece-me os olhos tanto a morte quanto a vida, tanto o inicio

como o final e igualmente o decurso. Onde desses itens estará a

felicidade? Em si mesmo, na alma ou na sociedade, no barco ou na

viagem? No mar ou na terra? Na certeza ou na duvida?

Resolvi perguntar ao mestre Von Darsê onde poderia encontrar a

felicidade, e se eu fosse ajudar as pessoas a encontra-la, para onde

eu deveria apontar.

- Von Darsê, preciso de uma resposta, onde posso encontrar a

felicidade? Perguntei-o

- Estais triste? Não encontrastes vossa musa?

- Não. Estou feliz, sei que me tornei feliz quando vim pra ca, antes

eu era muito triste, então a felicidade se encontra onde vivemos e

como vivemos?

- Talvez, o que achas?

- Não sei ao certo, porque apesar dos pesares em minha antiga terra

haviam pessoas felizes, é realmente muito estranho, existem pessoas

felizes em tantos lugares. Na minha antiga terra sempre diziam que

felicidade era encontrada na raiz do coqueiro, mais eu nunca vi

felicidade ali, na raiz do coqueiro. Porventura eu a encontrei nos

cocos e não na raiz do coqueiro. Sinto-me confuso, acho que a

felicidade não está em nenhum lugar definido e sim onde cada pessoa

possa encontra-la de acordo com sua formação histórica e intelectual.

- Talvez, vossa opinião é sabia, assim como a verdade não é una, a

felicidade pode encontrar-se tanto no raiz do coqueiro, como no

próprio coco, na queda do coqueiro, e mesmo a própria tristeza pode

encontrar-se nos mesmos lugares que a felicidade. Porem é necessário

dizer-vos que existem coisas que podem trazer doenças e limitar ou

mesmo destruir qualquer possibilidade de felicidade. Não deveis

deixar de lado vossas necessidades e as de teu corpo, porque tua

religião ou tua política te prendem, isso se queres ser feliz. Não

devemos colocar a felicidade num pilar e criar teorias para

alcança-la, devemos vive-la.

E assim disse Von Darsê, influenciado pelo espírito místico de

Ninguém, espírito esse que influenciou muito os Bela-Parrachia. Mais

não vou me adentrar nesse sacro santo nesse momento. Eu pude

compreender a felicidade, que tantos procuraram sem querer

encontrar. Muitos da minha antiga cidade diziam procura-la mais

estavam a todo tempo se punindo, como querer encontrar a felicidade

na punição, na dor e na amargura? A doença ja defecara naquele

local, e seu povo esta doente demais para perceber “a praga”.

“A felicidade do velho coelho,

Jamais se traduziu em palavras

Era vista em gestos, doces lagrimas

Que caiam, subindo ao céu

A doença, a praga não lhe acometera

A sua cachoeira não era paralisia,

Era fluxo, vida, nunca hipocondria

A própria vida era felicidade, e tristeza

O mundo inteiro era sua vaidade

Que se entrelaçava nas arvores da verdade

Não tinha lar, não tinha medo,

Tudo era teu, nunca em segredo

Teus muitos filhos brincavam

Teus e de todo povo

O sol brilhava

Também a lua,

Na floresta o povo sentia,

Amor”

Kohn Hu

A Vida dos Gansos e o Culto ao Lúdico

A vida dos gansos Parrachianos “sempre” foi a marca do júbilo e do

culto ao lúdico, e por isso, talvez, as árduas críticas por povos

que “necessitavam” (ou simplesmente queriam) que o trabalho fosse

cultuado e mistificado como algo sagrado, nobre, onde invertiam as

relações de dominação teoricamente. A realidade desses povos contudo

como ja lhes disse, é exatamente o inverso, o proprietário que não

trabalha (ou trabalha menos, superficialmente..) é o nobre, ja o

camponês que trabalha arduamente acometido pela peste trabalhista é

o pobre e o escravo.

Os gansos Parrachianos então renegavam o trabalho trabalhando, a

questão para eles era, o que é o trabalho? Se o trabalho é

obrigação, se trabalho é imposição, se o trabalho é chatice, se teu

trabalho é usado contra ti ou roubado de ti, se o trabalho é

evolução para os donos do poder, devemos amaldiçoa-lo, abomina-lo,

destrui-lo, agora se teu trabalho é diversão, felicidade, superação,

evolução, mobilidade, expressão e mesmo tristeza pode-se ou mesmo

deve-se ama-lo.

A vida dos gansos Parrachianos era lotada de diversões, entre elas

um jogo onde usavam uma bola e com os pés devia-se ludibriar o

adversário*, esse jogo cabalístico foi inventado por um ganso

Parrachiano chamado Ganso Goiano ou G.G.Elder, essas diversões

tinham fim em si próprias contudo eram também rituais místicos.

O trabalho para eles não era “trabalho” pois detinha essa conotação

de diversão, alegria, brincadeira, etc.. portanto mesmo quando

procurando, produzindo coisas essenciais os gansos Parrachianos

faziam jogos, por exemplo : quando tinham que caçar disputavam quem

conseguiria abater primeiro um animal, então iam se divertindo.

Na sociedade dos gansos Parrachianos não existia propriedade, era

como um anarquismo primitivo, ressaltando novamente que nada era

trocado, vendido, negociado, usado, tudo era vivido e pertencia a

todos, não porque tudo era distribuído e sim porque tudo era da

natureza, mesmo o modificado pelo homem era em essência natural,

assim como os próprios homens, portanto tudo era de todos mesmo sem

haver uma conceituação disso.

No errantismo Parrachiano não havia lugar para lideres, somente em

casos de guerra ou real perigo de sobrevivência, como pragas os mais

sábios ou mais velhos assumiam uma postura de organização ou

coordenação da comunidade Parrachiana e assim que a guerra, ou peste

sumissem esses “lideres” eram depostos e assim vivam os gansos

Parrachianos e assim Parrachiavam os gansos vividos.

“Livros a ler, trabalho a fazer, diversão a acometer, vida a

decorrer, Saúde a vencer, mente a voar, pássaros a cantar, arvores a

viver, morrer, respirar, sementes a brotar, bebes a nascer e

verdades a transgredir”

* – essa prática foi fulminar no futebol moderno.

Sobre o Suicídio Místico

Trevas, escuridão, as gramas submersas na água escura naquele

pequeno alagamento, apenas uma planta tinha força para se manter em

pé e em estado deplorável, se antes tivesse morrido a desgraçada. O

que fazia de pé? Deveria ter morrido, faz parte do fluxo da vida,

faz parte da própria existência.

A verdade absoluta sempre foi vista como desgraça para os

Parrachianos, isso não é segredo para ninguém, simplesmente é vista

com desdém. A planta velha que não morre, deve morrer, deve deixar

que as novas plantas triunfem, deveria permitir sempre a renovação.

Começou a estranha história num árduo dia de chuva, nos primórdios

Parrachianos, uma tempestade terrível atolará tanto os pés quanto a

mente de alguns Bela-Parrachia. Em todo esse “caos” na tribo, alguns

Parrachianos resolveram “tomar conta da situação” e começaram a

criar mitos e autoridades, começaram a resplandecerem-se como

salvadores.

Observando abertamente a situação, diversos Parrachianos entre eles

Von Darsê, Jung de Miro, Kohn-Hu, entre outros resolveram intervir e

chamaram todos os Parrachianos e demonstraram o fato, os próprios

suspeitos concordaram com a suspeita e admitiram estar fazendo

aquilo. Deveria a comunidade chegar a uma conclusão de como combater

o vicio do narcisismo, a exaltação do nome, o desejo de entrar para

história Parrachiana.

Essa situação incrivelmente foi tomar um rumo bem parecido com o

ritual de autodestruição, incrivelmente a superação do narcisismo.

(diário de Von Darsê)

- Andávamos pela floresta de Macatú, Hujará (um dos “narcisistas”),

Jung de Miro e eu, estávamos a procura de respostas, tanto mentais

quanto da resolução dos problemas da enchente. Espreitando a

escuridão e o medo escuto um berro : AREIA MOVEDIÇA, CUIDADO!!

Afastei-me e olhei com cuidado, era Hujará, com sua face pálida,

encolhia-se como um verme com um terrível medo da situação, contudo,

quando fomos ajuda-lo nos disse com árduas palavras – deixe-me, irei

me libertar sozinho – eu via o estopim da situação, o narcisismo

máximo, o limiar entre o narcisismo e a separação do mundo, a

angustia pura.

- Deixe-nos ajuda-lo Hujará, de que vale todo essa egolatria? Não é

isso imundice e pequenez? O grande homem se faz na vida e não

precisa deixar marcas, não precisa de monumentos, ele é grande, ele

foi grande, não precisa e nem quer provar isso a ninguém.

Hujará nos escutou e sorriu, ajudem-me gritou o homem, gritou o

menino, gritou o idoso, não importa a idade, Hujará foi sabiamente

inocente. Nos o ajudamos, ele saiu da areia movediça… e começamos

a refletir juntos sobre o que tinha acontecido.

- Como podemos acabar com esse narcisismo? Alias, como podemos

diminui-lo? Como podemos fazer que as pessoas queiram crescer por

elas, e não para um futuro ilusório, e não só para “imortalizar-se”

– perguntou Jung de Miro

- Qual o mecanismo que as permite tal vontade de “imortalizar-se” –

perguntei-os e a resposta veio dos dois ao mesmo tempo.

- É o nome, responderam confusos

- Então ai está, derrubem o nome e estarão derrubando também a

identidade imortal, a autoridade, o ídolo e o estigmatizado.

- Mais não estaremos deixando assim de sermos nos mesmos? argumentou

sabiamente Hujará

- Você é seu nome ou você é o que vive? Você é palavra ou você é

mundo? Respondi-o

- Tem razão Darsê, mais o nome facilita a comunicação, talvez fosse

mais sábio a troca após um tempo.

- Sabia opinião, estou de acordo.

Então voltamos a aldeia e discutimos com as pessoas da tribo e no

final todos concordaram com a idéia, conversamos bastante, tomando

muito chá, comendo maças, dançando, gritando, rindo…tudo era

motivo de festa para nós, a vida era festa, a tristeza era festa, o

amor é lindo, o ódio necessário, então após a nossa esplendida

confraternização juntamo-nos e mudamos de nome, simplesmente assim.

Neste momento então o céu abriu, o chuva parou, a volúpia tomou

conta de todos, era lindo, as gotas de água caiam lentamente das

plantas refletindo os sorrisos das pessoas, o arco-íris surgiu e

resplandeceu as lagrimas que corriam o rosto de alguns, era O NOVO

NASCER DA VIDA, um segundo parto, uma segunda vida, e desde então

fazemos o suicídio místico de tempos em tempos.

Seja Você ( Diário de Von Darsê )

Importa-se? É tudo isso verossímil? Meu diário uma farsa? Nossa

seita uma ameaça? Um mito, um santo, um Deus, um pranto? Sim, talvez

seja tudo uma mentira, importa-se? Exporta-se? Não importa se sua

verdade é real, ou uma ilusão, uma mentira. Nós continuamos a

existir, na mente de quem for demente, o louco gênio que não pode

ser compreendido por quem não se sublevar contra a normalidade, o

homo normallis, a autoridade, o rei, o papa, a mitologia.

Iremos continuar por ai a fora, matando deuses, criando mitos,

construindo alicerces e os quebrando, continuaremos a jornada da

vida, evoluindo, desiludindo, disseminando o fogo e a chuva.

Importa-se? Exporta-se?

Ao seu lado estará um Bela-Parrachia, ao teu lado estará a vida e a

morte, sem medo, com medo, sentindo a vida mesmo que com dor, com

coragem. Daqui a 1800 anos, estarei ao teu lado para destruir a

ordem, causar o caos harmônico, estarei ao teu lado para trazer o

novo, o devir, porque? Porque nos somos imortais. Porque a Deusa

Éris está ao nosso lado, porque Jesus ja foi um de nossos guias

porém ja o quebramos, melhor, ja quebramos parte de suas idéias, ja

não está mais entre nós. E você homo normallis, importa-se? Teu

trieb* está morto, da demasiado valor a mentira, a falsidade e a

irracionalidade, está é a sociedade que estais a criar, o aviso ja

foi dado pelos Deuses, pelos Gansos, a natureza ja se rebela contra

ti, um segundo mais, um segundo mais, o tempo gira e você não muda,

gira, gira, gira, gira, gira.

Mate-se homem, mate-se mulher, crie um pouco de esperança, VA LER,

VA VIVER, CANTE, DANÇE, não tenha medo dos outros, não tenha medo do

Outro. Sente-se e medite, sente-se e suicide-se, viva uma nova vida,

seja outra pessoa. SEJA VOCÊ!

“ revivere, revigorum semper”

* Trieb – Instinto

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wodouvhaox

Post Wed Oct 16, 2013 9:23 am by wodouvhaox


KALMA SURTA

O Livro das Transmigrações Shimonianas

Esse livro é segurado por quem segura! Fase BETA: efeitos Culaterais evidentes!

Introdução Proctológica e Vulvavisional ao Texto

Hoje, meu singelo e querido amigo, resolvi abrir sua mente para o que há de real no nosso ocultismo.

Na verdade, deixe eu te contar um segredo: o que é Real não presta! Nem o que é Irreal.

Sabe o que presta? NADA! NADA! NADA!

Por isso, eu estou te chamando para o lar dos discordianos, a Torre do Mago Saruman, a Batcaverna,

a mente iluminada: S.H.I.M.O!

Conheça a S.H.I.M.O. e mude sua vida!

Onan te chama… e eu também!

- Grão Pestífero

Do Kalma Surta

O Kalma Surta sempre existiu, e você já o leu mui vezes… na verdade o Kalma Surta é o corpo de Onan manifesto em Redun, isso desde que tua mão resolveu moldar o universo…

Onan se mostra como palavras para não cegar o olho do simples Mortal e dos Ímpios Cara Cinzentas…

“Vida para ser vivida, inicialmente tem que ser cuspida”

Redun, em Lembranças Esquecidas que Esqueço de Lembrar que não Lembro

Subliminar, não Há Isso de Modo nenhum aqui, Ora!

A irresistível irrealidade do real é sureal!

Da SHIMO A Sociedade Hermética Iniciática da Mão Onanástica é a única escola de mistérios onde você receberá o verdadeiro conhecimento oculto através dos Mestres Altamente Recomendáveis (M.A.R.).

Temos a audácia da ignorância, estamos sempre a par das últimas informações erradas, mas isso não impede de afirmar que aqui você aprenderá tudo o que já sabia sobre NADA!

Aqui você entra Grão e sai Montanha.

OOoOooooooOOooooooooOOoOOOOOoooooOOoooOOOOOOoOooOOoO

“Tirou o vestido da festa, pendurou no armário e foi ao banheiro fazer a barba!” – Kassib Ib Nashi,

em Terrível Mundo Tolo Livro 3 Cap 23 ¹/²

DOS GRAUS DE NOSSA SACRA (DES)ORDEM

Os Graus Gerais, com seu simbolismo numérico:

0=0 – Grão

0×2 para o São Paulo – Pedregulho

999 = 0, nove fora nada – Morro ou Mato (depende da violência do sujeito)

488773636474 – Colina (o phoda é lembrar o numero)

22 (para os gagos 222) – Montanha

Graus Onanásticos:

0=1 Mão de Seda

1=2 Mão de Veludo

3=4 Mão de Mel

4=5 Epa, cade a mão!?

6=9 Punhetaerus Maeximus

Graus Canetonianos Pretorios:

Mensalonico Valérico

Cuecus Dinheirus

Graus Vakonianos:

Companheiro Vulvianiano Menor

Companheiro Vulvianiano Maior

A História da Peregrinação ao Cume

De nossa estupenda blibioteca em cordel em contramos o registrado e confirmado pela CPI, o mais valoroso livro no formato de poketbook em 34 volumes excitados e editados, a veridika e verdadeira, única por assim dizer nessas palavras, a real viajem sem LSD dos 3 neófitos cagados de medo, verificado pela trilha baixo à (reparem que este “A” também está crazeado) cima, ao encontro da Sapiência Totalitária e Absolutista SHIMONTIKA. Semente germinada ou germitudo, da S.H.I.M.O.

Paranormalinoidemente esses intrépidos Trupinianos evokaram os escritos mágicos da Caneta de Tinta Preta da feitos pela misteriosa Mão Onanástika e se tornaram possuidores do clarividenciamento concluido por pagamento liquidado ou seu débito de volta da, levantando o rabo da Vaka Preta, a, porque não dizer, desobliterada Vulvavisão em 180º.

O retorno do cume foi mais difícil, merda escorrega, mas agora os simples Imortais da Academia humildemente tornaram-se Altas Montanhas.

Quem quizer possuir na íntegra a epopéia, encaminhar um cheque em branco à (reparem que o “A” voltou a se crasear) S.H.I.M.O. e remeteremos até gozar onde quer que você esteja.

MAR Dom

Tem a Vulvavisão Estereofônika

Pneumônica totalitária

De steuninstelling voor etnische minderheden in de provincie Gelderland. Zij werken aan het

bevorderen van sociale participatie en economische.

“Macaco véio usa a cambuca é pra cagar”

DO PACTO DA ALMA

É simples, raciocine:para que raios você usa a sua alma? Sinceramente, nessa vida ela só é um peso a mais, ou melhor, nem isso porque nem chega a pesar…

Então, livre-se dela e seja imortal! Mande-a para mim e lembra-te de falar isso todo dia:

EU SOU D’US, NÃO EXISTE D’US FORA EU!

Ou em sigilo: EUSODNAXITFR!

Então, negócio fechado?

“O Homem Feliz Não Usava Camisinha!”

Ciclos Sagrados ou Mandamentos Esses são só ciclos de 1, 2 e 3 ciclagens…

ø Monociclo

Um SHIMONIANO é um SHIMONIANO, com as conseqüências que qualquer entendimento do que venha a ser izzo queira dizer.

Ø Bicicleta

Um SHIMONIANO não dá conselhos! (Izzo é util)

Um SHIMONIANO não ouve conselhos (Izzo é inútil)

ø Triciclo

Um SHIMONIANO nunca manda a Vaka pro brejo

Um SHIMONIANO nunca pensa na morte da Bezerra

Um SHIMONIANO não espera nem faz a Vaka tussir

Assim esta escrito (ou esta sendo) de acordo com o nosso sagrado e onibenevolencioso livro KALMA SURTA, O LIVRO DAS MUTAÇÕES SHIMONIANAS

O Sexo do Condivíduo– Por Grão Timóteo Pinto

O canto dos pássaros… tão singular como afrodisíaco, sexo.. sim, o voar cataclismático das intempéries canadenses, dos pássaros estados-unidenses, e o flutuar carioca da brisa do mar, irmão blissett ainda conhecerá nosso barco. O sexo, ora isso, ora aquilo, se destingue pela relaçao-contato genital, nu contato com zonas erógenas entre dois ou mais seres, que pode ou não levar ao gozo, ou ao ápice enérgetico e sua diminuição posterior.

Enquanto dois seres múltiplos e singulares na sua diversidade única, o contacto entre dois condividuos ou o contacto consigo mesmo (de duas partes de sua personalidade) atribui ao condivíduo um carater onanástico shimoniano, que masturbando-se-sexualmente a si próprio, produz um contato sexual múltiplo.

Isso nos leva a experiências indígenas de proliferação organismica bio-energética de plantas através do sexo perto das mesmas, e esse carater-florido sexo-influência pode ser perpassado aos seres humanos… o contato sexual em um recinto aberto-fechado pode levar a grandes ondas sexuais-masturbatórias. Em vez de nos fecharmos em um quarto, Timóteo Pinto deveria, não obstante, abrir as portas e praticar o coito consigo mesmo, enquanto estrela. Eu posso evocar o sonho e a fantasia e tornar reais tais prometéias pois a psicose degenerativa da minha personalidade é, com efeito, a multiplicação da evolução sexual enquanto cadeia dogmatica-incestuosa-incerta.

Fazendo o incesto consigo mesmo, enquanto membro da mesma familia, Timóteo Pinto cria a orgia, pois é muitos e nenhum.

Assim torna-se o que sempre foi, um vilão sagrado da história de um porco alado, chamado Harashingá.

Isso é um peixe?

Dualidade do Ping e do Pong Saudações Onanásticas!

O cumprimento sem mão!

De acordo com o Kalma Surta – O Livro das Transmutações Shimonianas, Cap 24, pag 69 temos:

No principio eram os Atarianos (lembra do Atari?), e neles haviam dois principios, o Ping e o Pong.

Simplesmente, por uma observação excessivamente koanistica, deve-se ter um mente que se a primeira faz Ping a segunda, necessariamente sem ser regra, pode e não ou deve fazer Pong…

Pegai e derivai-vos!

Aquele que não tem o Ping e Pong em si esta em desequilíbrio com o poliverso, eles são os principios que coligam a mente com outras dualidades: casar ou comprar escada? Cagar ou Peidar? Dinheiro ou Cueca?

Ping e Pong refletem os caminhos e escolhas da vida de um devoto da verdadeira SHIMO!

Assim termina o relato do Kalma Surta sobre esse transverso e poluente e ortogonal tema…

???????????? …Ficou provado que Tudo Pode ser redizido a Isso….Será?!?!?

??????????????????????????????????????????????????????????????????????

“Cebola com Chocolate tem sabor de BigMac” – Grão Dudu

Exercicio de Ping-Pong

Montanha Mestre Dom explicou bem dentro da reversão sigilante…

Ainda passo um exercício que achei numa página do K.S. (Kalma Surta) para desenvolver o princípio de Ping e Pong no organismo:

- Deve-se arrastar um amendoim (simbolo sagrado na SHIMO) de um canto a outro de um corredor.

A que esse exercício te leva? Simples: de um lado a outro do corredor!

“PEIDEM OU APLAUDAM! TANTO FAZ! TANTO FEZ!”

“Andar no Metrô sem se segurar é uma das sendas para a iluminação!”

Kassib Ibn Nashi

Ativação da CUdaLIGUE do Ping e Pongo Esporádico

raquete, ping

raquete, pong

raquete, ping

raquete, pong

raquete, ping

raquete, pong

raquete, ping

raquete, pong

raquete, ping, ping, ping, ping, ping…..

oºoOoOoOooOOOoOººººOoOoºooOOºOºººoºOo Bolhas Bolhas Bolhas

O DUPLO TERNÁRIO

Todo Shimoniano é reconhecido pelo uso do Duplo Ternário no final de suas mensagens: :::

Isso porque nós sublimamos as reticências através de Redun e através de nossa Disxlexia Desocasional

=/=/=/=/=/=/=//=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

“A esperança não existe. A esperança é o caralho.”

Punheta Onanástica Transcendental

- Grão Jeremias, Grão Cinco e Cinquenta e Cinco e Grão Timóteo Pinto

A yoga onanástica deve ser atingida através da meditação diária na Deusa

A alma gêmea está em nós e não em outro.

A punheta transcendental é para descoberta da alma gêmea em sí.

Segundo os preceitos tântricos a punheta transcendental jamais deverá chegar ao orgasmo. Deve chegar a implosão interna e não o esvair por esvair.

Fale menos e beba mais ou beba menos e fale mais ou ainda menos fale mas beba ou beba e fale ou fale e beba.

Moral da história: Se beber falando, baba!

Sabe, a parte mais legal de uma piada interna, é quando ela é tão interna que você precisa de análise para começar a rir….

e pensando nisso, me surgiu uma velha dúvida, que apenas a grande e portentosa sabedoria Shimoana poderia responder…

sabem, sobre vacas e seres humanos….

assim: se você aperta as tetas malhadas de uma vaca preta no meio do pasto, ela apenas vomita, e começa a (note a falta espontânea da crase) mastigar… se você aperta as tetas de uma mulher no meio da rua, provavelmente tu se encontra tão bêbado que dali a pouco, quem gorfará serás tu….

Agora vamos à questão da pergunta…

se enfiamos os dedos nos rins de uma pessoa, ela se contorce de dor, depois se levanta e te espanca vigorosamente….

então o que aconteceria se enfiássemos os dedos nos rins de uma vaca preta com tetas malhadas?? seríamos nós a sentir a dor absurda?? é, eu pensei em fazer este experimento… mas sabe, a dor até vai, mas fiquei com receio de que ao passar a dor, eu me levantasse e espancasse a vaca vigorosamente….

ainda tenho traumas da última vez que briguei com uma vaca…

Narciso é do Baralho Saldemo-nos indefinitivamente aos limítrofes de uma singular mínima estrofe perdida numa poesia shimoniana voltada ao nada absoluto reinante na totalidade das esferas paranormalinóicas de uma terra que dista igualmente de um ponto ao outro equanimente ou equitativamente.

<0>)))O&gt; <0>)))O&gt; <0>)))O&gt; <0>)))O&gt; <0>)))O&gt; <0>)))O&gt;

“Quando cumprimentar ou comprimetar uma Confreira pela primeira vez, esta deverá ser beijada da nas axilas como sinal de respeito – e verificação de sua asseidade na higiene pessoal infero braçal!

(epa!)”

-Assim disse Onan ao ver Éris!

<0>)))O&gt;<0>)))O&gt;<0>)))O&gt;<0>)))O&gt;<0>)))O&gt;<0>)))O&gt;<0 data-blogger-escaped-p=”"> Ode a Narciso
Pai eu não sou lixo
Mãe eu não sou bicho
Minha própria porra
Porra minha própria
Própria porra minha
Minha própria porra
Mãe eu não sou lixo
Pai eu não sou bicho

Teorias Shimo Pancreaticas de Cunho Proctologico

Nunca morri logo não posso morrer

Mulher é que nem dinheiro, se você tem uma de 100 reais as de 5 reais correm pra ficar de “troco”

Não tem ninguem olhando então é meu

:::: (sim 4 pontos sobre 4 pontos auuahhuahu)

pacta sunt servanda

MAR Anderson

1. Eu nunca morri em minha vida

2. Coisas iguais não são diferentes entre si

3. Tempo é dinheiro. Eu tenho Tempo para ficar escrevendo essas coisas e você lendo, isso implica que soumos Rico!

MAR Thiaguito, o Tio!

A Argentina existe para mostrar aos brasileiros que Algo pode de ser pior…

A Sabedoria de nada serve se você não tiver a Sabedoria para descartá-la nas horas essenciais de sua vida….

Não vale a pena levar a vida na ponta dos pés para chegarmos Silenciosos à Morte…….

Três Pontos servem para delimitar o retângulo, dentro do qual está inscrita a Egrégora Shimoniana…… —-&gt; Essa é a essência da nova Matemática proposta pala S.H.I.M.O.

Lilah: Filósofa de Boteco nas horas vagas…e como há horas vagas, que deixam vagas de pensamento em minha vaga mente que busca a iluminação do Vagalume sagrado…..

“Foda é dois na cama

Agora, foda mesmo é dois na cama e um no armário.

Agora, foda, foda, foda mesmo é os três na cama.” Grão Caibalion

1- Maldade não é ter complacência com as idiossincrasias humanas, mas sim ter indolência quanto as miríades dos incautos.

2- Saber que nada sabe é não saber que tudo sabe, mesmo sabendo que saber não é tudo.

3- O Caos é organizado.

4- O peixe-boi não é peixe, é um mamífero.

5- Amor não é lei porque lei é uma bosta. Apesar que foder deveria ser lei e foder não é uma bosta.

Falou aqui o Grão Insignificante Máshimo!

O despertar do Mago

Uma das técnicas largamente usadas é dar um soko no sako, mas se ele não acordar vai dar uma puta dor.

Ou jogando um Godo encima do Mago! (epa!)

“!Alho Alho Alho, essa Caipa é do Baralho!”

DISSERTAÇÕES SOBRE UM MISTÉRIO

Se a ordem dos fatores não altera seu produto. Quando você caga, mija, porque então quando você mija não caga?

E o que é o peido para quem anda cagado?

Iluminaste-te! o.O

É simples… É porque sua urina está na razão inversa de sua merda, conforme demonstra o teorema de Shitágoras. O resultado é que sempre que o nível de merda sobe, a cabeça fica cheia e a única forma de resolver é postar na comunidade da S.H.I.M.O. no Orkut. Daí porque melhor papel higiênico que a S.H.I.M.O. não existe.

“Não importa o nome: uma flatulência cheira como peido e pum!”

CONTOS ZEN-SHIMONIANOS ou DE QUANDO SOMOS SÁBIOS

Duas mulheres, acompanhadas de um esbelto rapaz, vão consultar o Sábio Shimoniano.

- Ilustre Montanha! – diz a primeira. – Este rapaz prometeu casar-se com a minha filha.

E a outra:

- É mentira! Ele prometeu casar-se foi com a MINHA filha.

E ficaram neste bate-boca por alguns minutos, até que Sábio sentenciou:

- Tudo bem! Vou cortar o rapaz em dois e cada uma de suas filhas ficará com uma das metades.

- Por mim, tudo bem! – responde a primeira.

- Não, Grande Montanha! – implora a segunda. – Não faça isso! Deixe a filha desta outra mulher casar-se com ele.

E então, sabiamente o sábio Montanha proclama:

- Ordeno que o rapaz se case com a filha da primeira mulher.

- Mas, Altíssima Montanha! – reclama a segunda mulher. – Ela não se importou quando o senhor disse que iria cortá-lo em dois.

- Por isso, mesmo! Isto prova que ela deve ser a verdadeira sogra!

O discipulo pergunta ao Mestre:

-Mestre, por que o senhor está aqui parado a 2 horas 23 minutos e 15 segundos?

-Estou respirando…

-E para que o Senhor respira, mestre?

O discipulo, esperando e vendo o mestre ficar roxo pergunta atonito (não ao antonio, atonito!):

-Mestre, porque parou de respirar com minha pergunta?

-Meu filho: quando respirar respire… quando pensar pense, unicamente..

Aqui há sabedoria

Enquanto meditava, fui levado à (repare na crase anunciando a seriedade do assunto) 23ª dimensão, onde comprovei fatos e encontrei questões…

O Sorriso: me deparei hoje sorrindo ao espelho, enquanto cuidava de minha belíssima (cache da Globo) barba! Mas de onde e porque razão existe o sorriso, e porque nem todos se deixam conduzir a ele?

O sorriso me parece é o climax de hoje em dia, de nosso caminho, o selo do segundo de felicidade… claro, não me refiro ao sorriso das garotas propagandas, mesmo porque, delas, aprecio outras coisas…

No dia a dia vemos um sorriso para cada profissão: o presidencial, que se divide em duas partes (sorriso de campanha e sorriso de vitória).

O sorriso é como o amarelo do semáforo: é a questão de segundos que nos permite respeitar ou ultrapassar os limites… mas claro, não permite que o seu sorriso também fique amarelo!

Um Homem muito infeliz com a sua vida miseravel resolve trabalhar… ganhou dinheiro abrindo um negocio que logo comecou a dar certo

comecou abrir vários pelo pais inteiro… Ficou muito rico e casou-se… a sua vida ficou monotona e sua esposa parecia nao ser o suficiente e decidiu ter filhos…

Teve filhos.. muitos.. e filhas.. muitas também… mas ao ver que eles se casavam e o abondavam tão rapido quanto percebeu que não era o suficiente

e resolveu sair em busca de um outro objetivo.. dessa vez de nível espiritual… para ver se dava um jeito nessa sua eterna insatisfação….

abandonou tudo e seguiu na direção que ele achava ser certa e resolveu ir em busca da VERDADE… obstinado para a encontrar ele nadou em lagos profundos, buscou nas grutas mais misteriosas e escuras, andou sobre nevascas…

em bosques floridos e em desertos tão distantes que pareciam não ter fim, depois de anos andando encontrou-a em uma montanha alta e solitária.

Uma velha caolha, sem dentes, corcunda usando mantos rasgados velhos e feios.

perguntou quem era e ela disse…

-Sou a verdade.

Entao ele enxeu seus olhos de lágrimas e implorou de joelhos que o ensinase o caminho da verdade.

ela entao o aceitou como pupilo.

por anos a fio foi doutrinado e achou que estava na hora de compartilhar tudo o que ele sabia pois tanta sabedoria tinha que ser repartida.

se despediu da velha e antes de descer a montanha ela lhe deu as ultimas instrucoes.

- “Se alguem lhe perguntar como eu era… diga que eu sou Linda… alta… e de beleza imensurável……”

Eitcha Baguio Baum!!!

HINO

Pelas Escadarias da S.H.I.M.O. no Poente

Vou me cansando pakas.

Vou me cagando em matas.

vou me escorregando nas merdas.

vou me estoporando nas pedras.

Meditando alegremente Vou me.

Pensando profundamente Vou me.

Peidando abundantemente Vou me.

Mijando torrencialmente Vou me.

Rindo Vou me espocando.

Vindo Vou me retornando.

Findo Vou me acabando

Iluminação Shimoniana Estava eu a refletir hoje, sobre como alcançar a iluminação, a qual, descobri, não podia alcançar sozinho, necessitava de ajuda.

Sendo que ainda não me aprofundei nos conhecimentos Shimonianos, então não tenho certeza, mas creio que descobri um dos mais poderosos instrumentos ritualísticos Shimonianos, a CADEIRA. Sim, após longo período de reflexão, descobri que a melhor maneira para alcançar a iluminação, era utilizando esse grandioso instrumento ritualístico, encontrado em qualquer lugar, a “cadeira”. Lá fui eu, peguei-a, centraleizei-a o melhor que pude da iluminação e pude então alcançá-la.

Desculpem-me MARes e Montanhas se revelo aqui um conhecimento velado de vossa filoshofia, mas não pude me conter ao se revelar para mim tão profundo conhecim…

A Cruz de CaraVaka

O longo “Breviário da Cruz de CaraVaka” foi escrito a tempos atrás das moitas, uma concepção sexualmente introduzida retirada e reintroduzida até seu ápice. Neste momento fikou a Vaka com cara de cruz credo e a cruz, uma encima da outra.

Voltemos à (se olharmos bem fixamente notaremos que o craseamento aqui se faz presente pelo poder de discernimento da letra “A”) Vaka Preta, sim caríssimos confrades a espera de suas confreiras, existe uma relação intimista, e porque não dizer sexual extremista, entre (ou sáia) a Cara e a Vaka porque a Vaka contem a Cara e a Cara está na Vaka, sem nenhum complexo de racismo esposto, por icho não somente a Cara mas tambem seu corpo é, por assim dizer, todo preto ou negro ou tiziu. Utilizando o veículo da Vulvavisão 183,432º, que é, e icho tenho certeza (mas não tenho se é com “Z” ou “S”) um instrumento da própria Vaka, obtive, em gozo místiko, a compreenção do todo apartir dexxe momento nirvâniko os segredos não mais existiam. Isis já levantava o véu pra mim (e sua sáia também).

Bebi das fontes das Tetas da Sabedoria e por i..o po..o afirmar que a “Magia Sexual da Vaka Preta”, a serviço dos M.A.R. da S.H.I.M.O., os Montanhas Thiaguito, Torre e Dom (aki não se lê 3 Patetas, ok?), segue seus caminhos na divulgação dos mistérios do cume da montanha da S.H.I.M.O. onde lê-se claramente “De Bûke is om de Têibou”. Onde se encontrava o Rei Arthur, Babalorixá da Nação Avalon.

Meu SARAVAKA à (e..e “A” que se craseia voltou para uma breve despedida) todos.

:::

Dom

M.A.R. da S.H.I.M.O. a shima de tudo

Adágio Paradoxolico

Lembro que comer a Vaka é sacrilégio

Extensão do Adaágio: Koi Txangaré!

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“Pirulito que bate bate, se quebra todo”

Profecias Infantis Natalíticas

Desce de um OVNI, entra pela chaminé, penetra em nosso lar, seduz nossas crianças com seus presentes…

Tá tudo fazendo sentido; eis o grande Messias da Nova Ordem Mundial: o Papai Noel…

Reinteração vulvacional da Profecia

PAPAI NOEL NÃO ERA PAPAI NOEL

Ou da Conspiração do Coelho da Pascoa!

Um papiro achado recentemente na cesta de lixo de um de nossos Montanhas trouxe uma revelação importante: Papai Noel não era Papai Noel, mas sim o coelhinho da Páscoa. O coelho meliante descia as chaminés para roubar cenouras e para despistar deixava um presentinho. O pior de tudo é que depois se veio a saber que os presentes eram contrabandos trazidos por Cinderela. Saibam tudo lendo o pergaminho ultra secreto da S.H.I.M.O.

De como Pus o Pois é ou de Como foi o Como

O que é “Pois é”?

Seria alguem de boka cheia querendo dizer “Foi Zé”?

Pelas Nobres Tetas da Vaka Preta numa reflexão Shimônika-milkniana, subindo a grande escadaria que leva ao mosteiro donde se encontra toda sabedoria, escrita, vivênciada e cuspida, encontraremos os 3 Montanhas Mestres em total meditação à (demorou ele aparecer mas ei-lo novamente entre nóis totalmente craseado) uma resposta tão hermética que somente o Abridor de Latas Mandálico poderá desdobrar o véu, a grinalda e todo vestuário que esconde o sublime mistério e lá veremos escrito de uma forma tão simples apenas “POIS É”, porque antes “POIS FOI”, hoje “POIS É” e amanhã “POIS SERÁ”.

Sabemos que em outras terras existe uma variação a “ORA POIS POIS”. “SERÁ ORA É POIS FOI”, UM NOVO MANTRA ACALENTARÁ O MUNDO!

Mantra Indicado

Pois éééééééééééééééééééééééééééééééé…

Pois éééééééééééééééééééééééééééééééé…

Pois éééééééééééééééééééééééééééééééé…

Pois éééééééééééééééééééééééééééééééé…

Nota: não se deixem assustar pelo som de bezerros desmamados, é proposital para que entremos em sintonia com a Vaka Preta

Lilah Seixas -&gt; Foi andando pelos quatro cantos do mundo que descobri: o Mundo não tem cantos, pois é redondo!!!!!!

Rito de Acasalamento Unitario da SHIMO

Esse é o Rito que une a alma de dois (ou mais) SHIMONIANOS…

O Homem: dois sentimentos ingenitos e patológicos que arrebatam a moral, a periferia enigmatica das ações beligerantes: o amor, esse polipo ginecológico; e outro a paixão, essa pitonseca acrobatódica e mimocénica que subjulga a alma e coração mephistophélico!

Peço diante de sua contraparte vultuosa a merencorica mão, simbolo geológico e apodítico de nosso amor!

A Mulher: Pudicamente esquisofélica, permito que o apendice desse polipo consumológico e ginecológico que o abrasa consuma-se em mim mesma em eu, redundantemente e pleonasticamente sendo não desrepetitiva…

Vou poupar a viscera das pulsações e a lingua do salivar, desejo que possamos concumitantemente num amanhã

inquebrantável entrelaçar em um nó, num himineu indisolúvel!

O MAR: Eu vos declaros ameixas! Quem ama nunca se deixa!

Te benzo e te curo

Com as necessidades do Burro!

MAR Thiaguito, nada é divertido como a diversão!

Extensão de Dom: Linda sua descrição do coito. Nunca trepei dessa forma.

Mais um peixe: &gt;)))º&gt;

“Quando comer, coma!

Quando durmir, durma!

Quando acordar… ve se faz alguma coisa, porra!”

Mais outro peixe: &gt;)))º&gt;

Trindade Shimoniana Vaka Preta: Portadora das Divinas Tetas, dizem que o derramar do seu leite deu origem a Realidade do Irreal

Onan: a Mão Misteriosa que escreve com a caneta de Tinta Branca nas páginas do Tratado Nadístico!

Redun: o senhor da Verborréia e Redundância Redundante!

OOoOooooooOOooooooooOOoOOOOOoooooOOoooOOOOOOoOooOOoO

DAS PRÁTICAS

Introdução

Pratico a prática praticada pelos praticantes na praticidade prática das práticas práticas e das não-práticas, também praticando práticas impraticáveis pelos praticantes da prática praticada.

Com práticas despraticantes, a prática que prático praticamente pratifica as práticas praticáveis e as impraticáveis.

Praticamente uma prática shimoniana.

Aulas Práticas para Alunos Teóricos

Questões Posturais

Mantenha o corpo ereto, a priori pratique o não-pensamento, após começe a pensar em coisas aleatorias e ir lentamente fazendo movimentos ondulatórios no falo… tudo que você pensar lhe dará prazer e tudo que lhe dará prazer será o que você pensar… tire as mãos do falo, aleatoriamente paralize o que estava em sua mente, repita o procedimento desde o inicio… agora no final, você gozará.

Desta maneira, se libertará

“Quem não tem falo tem que ter lingua

É o que eu sempre falo!”

Grão Caibalion

Mantras Todos os Mantras respeitam a seguinte instrução:

Deve-se passar o ar direto pelo nariz, verbalizando com o mover gutural e, inspirando e expirando sem o uso dos pulmões, podendo qualquer outro orgão, equivalente ser utilizado em substituição

Mantra do Despertar:

Trrrimmm Trrriimmm Trriiimmm

Mantra Eufemistico Sonoro de PQP(repare no som ao pronunciar este):

Buda que Barril!Buda que Barril!

Mantra ParaBroxante Levitacionista:

Lingua e Dedo, mulher não mete Medo!

MAR Torre :::

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“De onde viemos? Vim de lá vou pra cá”

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DAS DATAS

Dia do Unitário

E as estatísticas não mentem: para cada homem solteiro há sempre uma mulher casada!

E lembre-se de namorar e noivar por muito tempo… assim o casamento dura menos!

Ser marido é passar metade da vida desejando uma mulher… e a outra metade tentando livrar-se dela…

É mais comodo ter 3 mulheres fora de casa que uma dentro

Depois de casadas as mulheres ficam um ESTOURO em seus vestidos: estoura um botão toda vez que vai fechar (nossa, essa o grupo feminino vai falar rsrsrs)

E a sogra… esse parente afastado que se torna cada vez mais próximo…

Dia do COME COME

Ah! A gula… não importa como você coma, sempre há o risco da barriga crescer

O comer e suas variantes e pomposas e pompoariosas interpretações… nunca te esqueça:

1) Comer VerDura (só no trocadilho) não emagrace: os elefantes comem ixxo

2) Peixe não emagrece: as baleias comem ixxo

RITO DA GULA

Toda Sexta Feira faça o seguinte:

1. Coma algo de pé! Não precisa ser Comida, e se não for sorte tua!

2. Divida a comida com alguém! E se não era comida então azar o seu!

COMO FAZER PARTE DA SHIMO? Se depois de ler isso você não sabe como fazer parte não te preocupa, pois a SHIMO já esta fazendo parte de você! A questão é: por onde ela entrou????????????????????????????????

Ilustrativamente esse é o Rito:

#Numa folha qualquer, antes de desenhar um Sol amarelo, desenhe o contorno de tua mão ritualística

#Vá ao banheiro mais próximo e consagre-se, ESVAZIANDO-SE de maneira vai-venística, como Onan fez na criação do Nadístico

#Enquanto consagra dessa maneira podem ocorrer fenômenos de enema excretor, nesse caso medite no Mantra: Cagar é Lei do Mundo/ Cagar é Lei do Universo/É assim cantando que consagro o Universo!

#Saia do banheiro, lave mui bem as mãos e entregue o papel para o MAR mais próximo.

#Ele escreverá teu nome nessa mão de Papel e agora você é OfiShialmente um Shimoniano

x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/xx/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x/xx/x/x/x/x/x/x/x/x/x/x

Prólogo Lógico do Final, do Começo Não Haveria de Ser!

Aqui termina e começa algo grandioso ou pequenoso demais para teus ouvidos cansados de tantas cores e de sentirem o alto odor…. algo que não para de acontecer porque nunca ocorreu: A partir daqui Tudo não passa de Mentira!

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