Sites viram ponto de encontro de fãs de filmes indies
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Sites viram ponto de encontro de fãs de filmes indies
Quanto mais obscuro, melhor. Filmes badalados, para o Reframe (reframecollection.org), são justamente aqueles realizados às margens da indústria cinematográfica.
Há um mês, o site lançado pelo Tribeca Film Institute, em parceria com a Amazon.com, vem tirando da prateleira obras que tiveram pouca ou nenhuma circulação no mercado. O projeto digitaliza e disponibiliza os filmes para comercialização na rede, via DVD ou download --com preços, em caso de "aluguel" (download temporário), a partir de US$ 1,99 (cerca de R$ 3).
Estrelas, aqui, são cineastas como a inglesa Sally Potter (de "Orlando"), o diretor americano de vanguarda Ken Jacobs e seu conterrâneo Jay Rosenblatt, vencedor do prêmio do júri no Sundance Festival por "Restos Humanos" (1998). Nomes menos conhecidos proliferam entre os cerca de mil trabalhos já disponíveis na página.
A proposta do site é a de oferecer a cineastas a digitalização gratuita (ou a preços baixos, em filmes mais antigos), já que o processo, normalmente, pode chegar a milhares de dólares.
Com isso, o Reframe busca se firmar como referência em obras experimentais --e ponto de encontro para cinéfilos.
Fase de testes
Em fase beta (de testes), o Reframe, por enquanto, permite ao usuário apenas criar um perfil, comentar nos blogs da página e bancar o curador em listas de recomendações.
Outras ferramentas de comunidades on-line devem entrar no ar nas próximas semanas, diz à Folha, por telefone, Brian Newman, diretor-executivo do Tribeca.
"A idéia é que seja um lugar em que as pessoas recomendem filmes umas às outras, sendo que os 'amigos', no caso, podem ser especialistas nos assuntos sobre os quais se buscam obras", diz o diretor.
O Reframe conta com uma equipe de 30 curadores --especialistas não só em cinema, mas em assuntos de interesse para o acervo de documentários, como direitos humanos e sociologia--, mas apresenta, ainda, grandes limitações. Entre elas, a venda para outros países que não os EUA.
"Trabalhamos para que nos próximos meses países do mundo todo possam comprar pelo site. Digitalizamos filmes de cineastas de qualquer lugar do globo, mas, por questões legais, a venda ainda só é possível no mercado americano."
Entre filmes de brasileiros, figuram alguns "muito conhecidos", diz Newman, como "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, e "Ônibus 174", de José Padilha. "O site inclui filmes famosos por causa da parceria com a Amazon. Mas não é nosso foco", afirma Newman.
Pirataria
Por filmes gratuitos os usuários ainda terão de esperar --o site pretende negociar com outros parceiros, além da Amazon, para que isso seja viável.
"Além disso, a maior parte dos cineastas com que trabalhamos depende do dinheiro da venda e ainda não está disposta a disponibilizar os filmes de graça", diz o diretor-executivo.
Ele tem noção, no entanto, de que, a partir do momento em que os filmes ganham versões digitalizadas, em pouco tempo podem perder o status de "raros" e cair na rede para download ilegal.
"A Amazon tem um software que dificulta a cópia, mas, como se sabe, as pessoas encontram maneiras de quebrar o código", afirma o diretor. "Os cineastas com que trabalhamos sabem disso e estão dispostos a correr esse risco. Para eles, a obscuridade é um problema ainda mais grave do que a pirataria."
Site brasileiro mobiliza usuário para agendar sessões de cinema
A iniciativa integra uma série de esforços recentes para aproveitar a capacidade da internet de disseminar filmes de arte. No Brasil, fãs do gênero têm também há um mês a possibilidade de se cadastrar no site de relacionamentos MovieMobz, em que podem se mobilizar para ver filmes independentes, clássicos e documentários na tela do cinema.
Depois de trabalhar por mais de 30 anos no modelo tradicional de distribuição de filmes, Marco Aurélio Marcondes, sócio-fundador da empresa, começou a achar que o único aspecto que permanece intacto nesse mercado é a cinefilia --o gosto do espectador pelo cinema.
Decidiu então abrir o negócio, apostando que a forma de consumir filmes se reordenou "graças ao avanço da tecnologia digital e à adesão à internet". No ar há um mês, o MovieMobz possui 3.233 usuários cadastrados e tem 392 títulos disponíveis, segundo a empresa.
De acesso gratuito, o site permite que os usuários adicionem amigos e inclui ferramentas para criar comunidades --assim como no Orkut e no Facebook, mas, aqui, elas são chamadas de "movieclubes".
No Rio, o primeiro filme pelo qual usuários se "mobilizaram" foi "Diário dos Mortos", de George A. Romero. Para combinar com o gênero do filme --o horror--, a sessão foi marcada para a 0h do último sábado.
MovieMobz
O MovieMobz tem hoje 65 comunidades, ou "movieclubes", como as dedicadas ao cinema nacional e ao europeu, e a diretores como Stanley Kubrick e Ingmar Bergman. Hollywood tem pouco espaço _filmes de arte como o romeno "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" estão no topo das listas que os usuários montam ao fazer críticas e dar estrelas aos longas.
fonte: Folha Online
MovieClube do PIPA
Há um mês, o site lançado pelo Tribeca Film Institute, em parceria com a Amazon.com, vem tirando da prateleira obras que tiveram pouca ou nenhuma circulação no mercado. O projeto digitaliza e disponibiliza os filmes para comercialização na rede, via DVD ou download --com preços, em caso de "aluguel" (download temporário), a partir de US$ 1,99 (cerca de R$ 3).
Estrelas, aqui, são cineastas como a inglesa Sally Potter (de "Orlando"), o diretor americano de vanguarda Ken Jacobs e seu conterrâneo Jay Rosenblatt, vencedor do prêmio do júri no Sundance Festival por "Restos Humanos" (1998). Nomes menos conhecidos proliferam entre os cerca de mil trabalhos já disponíveis na página.
A proposta do site é a de oferecer a cineastas a digitalização gratuita (ou a preços baixos, em filmes mais antigos), já que o processo, normalmente, pode chegar a milhares de dólares.
Com isso, o Reframe busca se firmar como referência em obras experimentais --e ponto de encontro para cinéfilos.
Fase de testes
Em fase beta (de testes), o Reframe, por enquanto, permite ao usuário apenas criar um perfil, comentar nos blogs da página e bancar o curador em listas de recomendações.
Outras ferramentas de comunidades on-line devem entrar no ar nas próximas semanas, diz à Folha, por telefone, Brian Newman, diretor-executivo do Tribeca.
"A idéia é que seja um lugar em que as pessoas recomendem filmes umas às outras, sendo que os 'amigos', no caso, podem ser especialistas nos assuntos sobre os quais se buscam obras", diz o diretor.
O Reframe conta com uma equipe de 30 curadores --especialistas não só em cinema, mas em assuntos de interesse para o acervo de documentários, como direitos humanos e sociologia--, mas apresenta, ainda, grandes limitações. Entre elas, a venda para outros países que não os EUA.
"Trabalhamos para que nos próximos meses países do mundo todo possam comprar pelo site. Digitalizamos filmes de cineastas de qualquer lugar do globo, mas, por questões legais, a venda ainda só é possível no mercado americano."
Entre filmes de brasileiros, figuram alguns "muito conhecidos", diz Newman, como "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, e "Ônibus 174", de José Padilha. "O site inclui filmes famosos por causa da parceria com a Amazon. Mas não é nosso foco", afirma Newman.
Pirataria
Por filmes gratuitos os usuários ainda terão de esperar --o site pretende negociar com outros parceiros, além da Amazon, para que isso seja viável.
"Além disso, a maior parte dos cineastas com que trabalhamos depende do dinheiro da venda e ainda não está disposta a disponibilizar os filmes de graça", diz o diretor-executivo.
Ele tem noção, no entanto, de que, a partir do momento em que os filmes ganham versões digitalizadas, em pouco tempo podem perder o status de "raros" e cair na rede para download ilegal.
"A Amazon tem um software que dificulta a cópia, mas, como se sabe, as pessoas encontram maneiras de quebrar o código", afirma o diretor. "Os cineastas com que trabalhamos sabem disso e estão dispostos a correr esse risco. Para eles, a obscuridade é um problema ainda mais grave do que a pirataria."
Site brasileiro mobiliza usuário para agendar sessões de cinema
A iniciativa integra uma série de esforços recentes para aproveitar a capacidade da internet de disseminar filmes de arte. No Brasil, fãs do gênero têm também há um mês a possibilidade de se cadastrar no site de relacionamentos MovieMobz, em que podem se mobilizar para ver filmes independentes, clássicos e documentários na tela do cinema.
Depois de trabalhar por mais de 30 anos no modelo tradicional de distribuição de filmes, Marco Aurélio Marcondes, sócio-fundador da empresa, começou a achar que o único aspecto que permanece intacto nesse mercado é a cinefilia --o gosto do espectador pelo cinema.
Decidiu então abrir o negócio, apostando que a forma de consumir filmes se reordenou "graças ao avanço da tecnologia digital e à adesão à internet". No ar há um mês, o MovieMobz possui 3.233 usuários cadastrados e tem 392 títulos disponíveis, segundo a empresa.
De acesso gratuito, o site permite que os usuários adicionem amigos e inclui ferramentas para criar comunidades --assim como no Orkut e no Facebook, mas, aqui, elas são chamadas de "movieclubes".
No Rio, o primeiro filme pelo qual usuários se "mobilizaram" foi "Diário dos Mortos", de George A. Romero. Para combinar com o gênero do filme --o horror--, a sessão foi marcada para a 0h do último sábado.
MovieMobz
O MovieMobz tem hoje 65 comunidades, ou "movieclubes", como as dedicadas ao cinema nacional e ao europeu, e a diretores como Stanley Kubrick e Ingmar Bergman. Hollywood tem pouco espaço _filmes de arte como o romeno "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" estão no topo das listas que os usuários montam ao fazer críticas e dar estrelas aos longas.
fonte: Folha Online
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